Ministra Margareth Menezes inaugura busto de Esperança Garcia na OAB-PI
O ato simbólico foi realizado nesta terça-feira (07) na sede da OAB-PI e contou com a presença da Ministra da Cultura Margareth Menezes.
Nesta terça-feira (07), uma cerimônia repleta de grupos representativos e com a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes marcou a inauguração do busto de Esperança Garcia, mulher negra e escravizada que foi considerada a primeira advogada do Brasil. A solenidade aconteceu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Piauí (OAB-PI), em Teresina.
Estiveram presentes no ato simbólico o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, o presidente da OAB-PI Celso Barros, e o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, Franzé Silva.
Representantes de religiões de matrizes africanas também prestigiaram a homenagem a Esperança Garcia, um reconhecimento que levou 200 anos para acontecer. A escultura foi produzia pelo artista plástico Braga Tepi e ficará exposta no Memorial da OAB-PI que contará a história da Ordem.
Ministra, mulher, negra e artista, Margareth Menezes pontuou durante coletiva de imprensa as injustiças sofridas pela população negra e a luta por plena dignidade e humanidade.
“Estou alegre por estar no Piauí novamente, desta vez como ministra. Essa história a Esperança Garcia representa a memória, a luta e a injustiça que vem sendo cometida contra o povo negro no Brasil desde o momento da escravidão, não necessariamente precisaria, se nós fossemos uma sociedade buscando uma história nova, não necessitaria um documento para comprovar. A nossa própria palavra em relação aos desmandos que o nosso povo sofreu, a história escrita, a verdadeira história de como o negro chegou aqui e foi tratado já serviria de uma denúncia potente na luta contra a discriminação racial e para que as pessoas negras pudessem também ter acesso à educação, saúde e trabalho”, afirma.
O presidente da OAB-PI, Celso Barros exaltou a história da piauiense que foi escravizada em 1770 em uma fazenda na região de Oeiras e diante do cerceamento de liberdade e dos diretos básicos, denunciou a realidade em que viviam ao governador da capitania do Piauí.
“Esperança Garcia é um símbolo da mulher brasileira, piauiense, da mulher que sofria as dores da época da escravidão, fez uma carta que revela o que ela passava, a realidade daquela época. A simbologia de considerar Esperança Garcia a primeira advogada do Brasil revela os valores da dignidade da pessoa humana, da liberdade é uma homenagem que é feita a toda mulher brasileira, em especial a advocacia brasileira”, pontua Celso Barros.
O governador do Estado, Rafael Fonteles falou sobre a simbologia do momento que foi realizado às vésperas do dia Internacional da Mulher, celebrado dia 08 de março.
“Esse é um momento histórico, cheio de simbolismo, nós estamos às vésperas do dia da Mulher, que será amanhã, estamos na semana que antecede nossa batalha de Jenipapo que o Brasil ainda conhece muito pouco e foi essa batalha que consagrou a independência do Brasil porque Portugal ainda queria dominando o Norte brasileiro”, aponta.
Dr. Pessoa destacou a importância da homenagem concedida pela OAB que será refletida em todos as seccionais. “A advocacia é difícil, imagine em 1770 na época da escravidão, além disso ser preta, negra, ela é uma guerreira, nós devemos lembrar. Essa homenagem chegou bem na hora! Esperança Garcia advogou para todos, mas especificamente pelos diretos das pessoas, mulheres, que eram escravizadas. É uma homenagem justa que a OAB-PI está concedendo”, afirma Dr. Pessoa.
Destacando a demora no reconhecimento da importância de Esperança Garcia, o secretário Estadual de Cultura Carlos Anchieta pontuou durante seu discurso que a piauiense também ficou marcada no bicentenário da independência do Brasil.
“Estamos chegando ao final das comemorações do bicentenário da independência do Brasil e o Piauí é um dos berços dessa luta, uma dessas vozes que tanto lutou por liberdade e independência foi Esperança Garcia. Uma luta vinda de 1770 e que demorou 200 anos para ser reconhecida, uma voz que todos os dias escutamos e está cada vez mais representativa, é a voz da mulher negra, escravizada, mãe, esposa e alfabetizada que nos chega por meio de uma carta-denúncia escrita por aquela que viria a ser a primeira advogada do Brasil: Esperança Garcia”, secretário Carlos Anchieta.
A vice-presidente da OAB-PI, Daniela Freitas também presenciou a solenidade e pontou que o reconhecimento a Esperança Garcia é um marco histórico na história da advocacia piauiense.
“É um marco na história da advocacia piauiense, a busca por esse reconhecimento de Esperança Garcia como a primeira advogada do Brasil, o Piauí há muito tempo fazia esse requerimento então esse busto simboliza o momento de gratidão ao trabalho de Esperança Garcia, sua coragem, que serve de exemplo para todas as advogadas mulheres e dos advogados também por conta da resiliência e da sua persistência”, afirma.
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