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Dia da Mulher: Conheça as artesãs do Polo Cerâmico de Teresina

Ceramistas que atuam no Polo Cerâmico, localizado no bairro Poty Velho, falaram sobre a atuação no segmento.

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Nesta quarta-feira (08), é comemorado o Dia Internacional da Mulher, data que simboliza a luta histórica das mulheres para a conquista de direitos igualitários aos homens. O dia foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 70, com a reivindicação de igualdade salarial e condições dignas de trabalho, mas com tempo a luta se estendeu para o combate à violência de gênero.

Ao longo do tempo, com muitas lutas e mobilizações, o público feminino foi conquistando espaço no mercado de trabalho e ocupando cargos que por muito tempo foram dominados por homens, cargos esses que vão de trabalhos manuais até a gestão de grandes empresas.

Pensando em mulheres que conquistaram o próprio espaço, o Viagora foi até o Polo Cerâmico do Poty Velho, em busca das que empreendem no ramo da produção de peças artesanais.

Raimunda Teixeira, que atua na Cooperart, cooperativa composta somente por ceramistas da capital, que hoje conta com 39 mulheres, relembrou o início de sua carreira no ramo.

“Iniciei o meu trabalho com a cerâmica em 1995, pois antes trabalhava carregando tijolos. Me interessei pelo ramo pois vi mulheres pintando cerâmica, e aí pedi para elas me ensinarem. Foi assim que ingressei na área, e não pretendo sair”, iniciou a mulher.

A artesã comentou ainda sobre a ideia de desenvolver uma cooperativa composta 100% por mulheres.

“A atividade aqui no polo era dominada por homens, mas em 2003 decidimos que queríamos colocar a mão na massa, e com isso conseguimos uma parceria para realizarmos um curso de modelagem e bijuteria em cerâmica. Focamos em mulheres da comunidade que não possuíam renda própria, e apresentamos o curso. Em 2006, cerca de 30 mulheres trabalhavam conosco, e hoje somos 39 artesãs”, explicou Raimunda.

Ao ser questionada sobre as dificuldades enfrentadas pela cooperativa ao longo dos anos, Raimunda Teixeira, afirmou que as mulheres atuantes na cooperativa já passaram por julgamentos diversos.

“Superamos muitas barreiras para estarmos aqui. A primeira delas foi o torno, porquê nós achávamos que não conseguiríamos manusear, mas após os cursos vimos que era sim possível. Passamos também pelo julgamento, principalmente de homens, quando começamos a produzir as bijuterias, pois eles falavam que ninguém usaria bijuterias de cerâmica. A opinião só mudou quando eles viram que o dinheiro dos colares e brincos estava auxiliando na renda da casa”, concluiu a ceramista.

Já Teresinha Martins, que atua na produção de peças em cerâmica, disse que foi difícil convencer pessoas, sobretudo homens, que ela era capaz de fazer vasos e esculturas do zero.

“Iniciei o serviço aqui em 2000, depois que pedi demissão do meu emprego. Eu sempre achei as cerâmicas muito bonitas e queria ser capaz de produzi-las, então fiz cursos e agora faço todas peças, atuando até no torno. Por ser um segmento considerado masculino, eu já ouvi muitas vezes que não era capacitada para aquilo, mas consegui mostrar o contrário”, disse a mulher.

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