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Chuvas intensas causam prejuízos para horticultores do Dirceu II

Maria Mota relata que o prejuízo com as plantações reflete diretamente no bolso dos agricultores.

  • Matheus Santos/Viagora Horta do Dirceu 1 / 10 Horta do Dirceu
  • Matheus Santos/Viagora Representante da horta, Altino Carvalho 2 / 10 Representante da horta, Altino Carvalho
  • Matheus Santos/Viagora Horticultores da Horta do Dirceu 3 / 10 Horticultores da Horta do Dirceu
  • Matheus Santos/Viagora Pé de alface 4 / 10 Pé de alface
  • Matheus Santos/Viagora Horticultor, Raimundo Nonato 5 / 10 Horticultor, Raimundo Nonato
  • Matheus Santos/Viagora Horta do Dirceu 6 / 10 Horta do Dirceu
  • Matheus Santos/Viagora Horta do Dirceu 7 / 10 Horta do Dirceu
  • Matheus Santos/Viagora Horticultora, Maria Mota da Costa 8 / 10 Horticultora, Maria Mota da Costa
  • Matheus Santos/Viagora Horta do Dirceu 9 / 10 Horta do Dirceu
  • Matheus Santos/Viagora Horta do Dirceu 10 / 10 Horta do Dirceu

O período de chuvas em Teresina ainda é intenso e com ele vem as preocupações com as plantações de hortaliças, que necessitam de um cuidado redobrado por conta das grandes precipitações. Na Horta Comunitária do Dirceu II, zona Sudeste da capital, os produtores relatam além das dificuldades na manutenção do cultivo.

O horticultor Altino Carvalho, trabalha com o cultivo de legumes há cerca de 30 anos. Ele explica que as chuvas não tem favorecido os produtos, principalmente o coentro, alface e a cebola. “Agora tá ruim, o inverno mata (as hortaliças). O coentro morre todinho, ele não se dá bem. É você plantar ele e esperar, deixar escapar algum pezinho para você vender”, diz o produtor, que espera o fim das chuvas para a situação se reverter.

A vendedora Maria Mota da Costa, fala que o prejuízo com as plantações reflete diretamente no bolso dos agricultores. Com os danos ao cultivo, além de investirem com adubo e brotos, que segundo os horticultores são de preços elevados, eles perdem ao não terem vendas.

“Horrível, ninguém tem nada, é péssimo. Tudo que a gente planta aí morre. É só gastando, enfiando no chão e morrendo. Venda se a gente tivesse o que vender, a procura é muito grande. Mas a gente não tem”, relata.

Segurança

Mas não é somente as dificuldades com a colheita dos legumes e verduras que afligem os produtores. A Horta Comunitária também recebe críticas quanto a falta de vigilância, que sofre com ondas de crimes de roubo frequentes, segundo informações dos produtores. De acordo com eles, denúncias são feitas, mas não conseguem retorno. 

O agricultor Raimundo Nonato, diz que o que eles mais desejam é segurança, e a atenção das autoridades.“A prefeitura não dá segurança para a gente, os horticultores, a gente fica à mercê. É aquela história, ninguém tem segurança por lado nenhum, nem pelas autoridades, porque eles não podem ficar aqui toda hora, justamente como é para ser. Na hora que saí, eles se aproximam e levam o que der vontade (os criminosos)”, afirma.

De acordo com Maria Mota, os bandidos são ousados, levando até mesmo as grades que cercam as hortas e os portões. Ainda segundo ela, o local é abandonado pelas autoridades, e diz não vê movimentação de seguranças. A vendedora relata que a dona de uma horta vizinha, na semana passada denunciou o roubo de uma das grades mas ninguém apareceu para apurar o caso. “É um descaso, ninguém se importa com a gente aqui”, diz.

Outro lado

O Viagora entrou em contato com a Polícia Militar para falar sobre as denúncias de insegurança no local e o órgão emitiu uma nota sobre o assunto. Confira abaixo a nota na íntegra:

Nota à imprensa

A Polícia Militar do Piauí informa que o DGO (Departamento Geral de Operações), está reforçando o policiamento ostensivo com destaque para as regiões em que há reclamações. Reforçamos que o Batalhão responsável pelas áreas mencionadas enviará equipes para reforçar a ostensividade, com rondas de viaturas e motocicletas, com o objetivo de coibir práticas criminosas no local em destaque, priorizando pontos com solicitações mais recorrentes. Informa ainda que, além do telefone 190,  podem acionar a Polícia Militar por meio do número dos telefones celulares embarcados, que podem ser verificados no site da PMPI.

Por Kalita Leão.

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