CPI ouve presidente da Equatorial Piauí na Assembleia Legislativa
Os parlamentares se atentaram as informações apresentadas e depois questionaram sobre a insatisfação dos consumidores com a empresa e dos problemas que acontecem com os funcionários da concessionária.
Nessa quarta-feira (28), a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) que investiga os maus serviços prestados pela Equatorial (CPI da Equatorial) ouviu o diretor-presidente da distribuidora de energia, Hélio Rafael. Os deputados se atentaram as informações apresentadas e depois questionaram sobre a insatisfação dos consumidores com a empresa e dos problemas que acontecem com os funcionários da concessionária.
Durante a apresentação, Hélio Rafael destacou sobre corporativo entre o que a Equatorial Piauí recebeu da Eletrobrás após a privatização e no estágio atual do serviço prestado. Investimentos de cerca de R$2 bilhões foram feitos em subestações, redes, estruturas de distribuição, frotas de veículos, canais de atendimento e políticas sociais. Segundo o diretor-presidente, 2023 vai ser o ano com mais recursos aplicados. Ele resumiu dizendo que a distribuidora olha para o futuro resolvendo os problemas do passado.
Falhas no atendimento
A deputada Simone Pereira (MDB) e o deputado Gessivaldo Isaías (Republicanos) citaram os problemas com a atendente virtual “Clara” e com 0800, Wilson Brandão (Progressistas) apresentou o posicionamento ruim da concessionária no índice de satisfação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o presidente da CPI, Evaldo Gomes (Solidariedade), enumerou as mais de 6 mil reclamações anuais que a empresa recebe no Procon e no site Consumidor.gov.
O diretor-presidente apresentou dados que considera comprovar que há uma melhora significativa no atendimento. Hélio falou que houve uma redação de 47% nas demandas judiciais e de 35% nas reclamações no Procon após a privatização.
Os deputados questionaram as diferenças que ficaram à mostra durante a CPI para atenção dada a grandes empresários e o público em geral. “Para a classe empresarial o investimento da Equatorial está satisfatório. Para o povão, que foi o objetivo inicial desta comissão, está deixando a desejar”, afirmou o relator da comissão, Nerinho (PT).
Na CPI também foram relembrados outros casos, um deles foi sobre as pessoas que fazem tratamento de saúde domiciliar e não ficar sem energia. Ziza Carvalho (MDB) citou a situação de um morador de São Miguel do Tapuio que tem essa dificuldade. Hélio Rafael disse que há uma lista que é feita pela Equatorial Piauí para que esses consumidores sejam considerados nos planos de trabalho.
Aumento de trabalhadores em campo
Na sessão, o segundo tema que foi mais abordado foi a situação dos funcionários da Equatorial Piauí. Foram apresentados depoimentos sobre a redução do número de trabalhadores e sobre a precarização das relações de trabalho. Simone Pereira destacou as perdas por causa da terceirização e da alta rotatividade na empresa. Wilson Brandão reforçou o apontado pela deputada. “Nós sentimos quando conversamos com os próprios colaboradores da empresa. ‘Deputado nós não damos conta da demanda”, descreveu o parlamentar.
Outro questionamento que tratou sobre o tema foi a crítica a dado apresentado por Hélio Rafael na apresentação inicial sobre a expansão de postos de atendimento para todas as cidades do Piauí. Ziza Carvalho questionou se nessas estruturas há funcionários que podem atender demandas técnicas e Nerinho se eles são contratados por meio de parcerias com as Prefeituras. Na resposta, o diretor-presidente disse que houve uma mudança de perfil no quadro de funcionários após a privatização.
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