Centro Esperança Garcia fecha por falta de repasse da Prefeitura de Teresina
A SMPM informou que está nos trâmites legais para a regularização do referido núcleo e aguarda a publicação no Diário Oficial do Município.
A Prefeitura de Teresina, por meio da Secreta Municipal de Políticas Públicas para Mulheres – SMPM, interrompeu o repasse de recursos para a Ação Social Arquidiocese (ASA), que era utilizado para a execução do Centro de Referência à Mulher em Situação de Violência - Esperança Garcia (CREG). O rompimento da parceria ocorreu em 11 de setembro deste ano.
Com oito anos de atuação, o projeto já atendeu mais de 2.000 mulheres, vítimas de violência, oferecendo serviços multiprofissionais de assistência social em uma vasta rede integrada até mesmo pelo Ministério Público do Piauí (MPPI). A ex-coordenadora do Centro de Referência Esperança Garcia, Roberta Mara, explicou a importância dessa prestação de serviços responsável por salvar vidas e romper um doloroso clico, que leva muitas vezes ao feminicídio.
“A interrupção desse recurso foi oficializada pela secretaria com a Asa no dia 11 de setembro. Em março deste ano o CREG completou oito anos de existência, a verba era repassada para Asa e ela fazia a execução. Estão vinculadas atualmente cerca de 370 a 400 mulheres”, informou.
Em situações de vulnerabilidade o acolhimento tem fundamental função social de auxiliar estas mulheres a se reerguerem, além de fornecer o suporte jurídico e emocional em um momento tão sensível, como fazia o CREG, segundo pontuou a ex-coordenadora.
“Éramos uma equipe multiprofissional composta por assistente social, psicóloga, assessoria jurídica e terapeuta corporal que davam toda a assistência para o atendimento à mulher no sentido de fortalece-la para que ela rompesse com o ciclo da violência. Então tínhamos atendimento individualizados, grupais, além dos encaminhamentos para a rede, de acordo com a situação de cada mulher. Era um espaço onde a mulher era realmente acolhida”, afirmou.
Roberta Mara informou que assumiu a missão de coordenar o projeto em 2017 e atualmente com a interrupção dos repasses todos os funcionários que atuavam no centro tiveram de ser demitidos. A ex-gestora disse ainda que a secretaria alegou não possuir condições financeiras de dar continuidade aos serviços.
“Tinhamos 10 profissionais que foram demitidos. O discurso da secretaria é que a ASA não queria, mas na realidade não procede. Na verdade, é o interesse do rompimento e a justificativa que ela diz é em relação a questão financeira”, afirmou.
De acordo com a ex-coordenadora do CREG, a prefeitura afirmou que todo o suporte prestado pelo Centro de Referência à Mulher em Situação de Violência - Esperança Garcia (CREG) seria retomado em um núcleo temporário dentro da secretaria.
“A secretaria está ainda com uma parcela em débito com a ASA, ela está justificando que vai voltar dentro da Casa da Mulher Brasileira em novembro deste ano. Seriam três meses que poderiam esperar um pouco para não ter que romper o serviço”, explicou.
ASA sobre o assunto
A reportagem entrou em contato com a ASA que através da assessoria falou acerca da ausência de renovação do Termo de Colaboração n° 01/2023, firmado entre a instituição e a SMPM.
Segundo a ASA, a arquidiocese foi notificada por meio de ofício no dia 13 de setembro e que a prefeitura informou sobre a criação de um núcleo temporário dentro da secretaria da mulher, para o funcionamento o centro. A medida é temporária, pois os serviços devem ser executados na Casa da Mulher Brasileira, que será inaugurada somente em novembro.
Foi informado ainda pela assessoria que até o presente momento a prefeitura não fez a solicitação dos dados sigilosos sobre as mulheres atendidas para manter os serviços e as mulheres que antes eram atendidas pelo Centro encontram-se desastidas.
Outro lado
O Viagora também procurou a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres – SMPM, administrada por Karla Berger, que através da assessoria emitiu uma nota de esclarecimento sobre o assunto. Confira abaixo a nota na íntegra:
A Secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres - SMPM, esclarece que o serviço de atendimento às mulheres vítimas de violência em Teresina não foi descontinuado. Em reunião com o Ministério Público, ASA e SMPM, ficou determinada a criação de um núcleo de atendimento para as mulheres, que deve funcionar em caráter temporário até a entrega da Casa da Mulher Brasileira, que irá abrigar esse serviço.
A SMPM está nos trâmites legais para a regularização do referido núcleo e aguarda a publicação no diário oficial do município.
Teresina
Piauí
ASA
Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM)
Prefeitura de Teresina
Estudantes do Piauí conquistam 90 medalhas na Olimpíada de Educação Financeira
De acordo com o governo, o destaque foram os alunos da rede estadual de ensino.Quitanda marca presença na Feira da Agricultura Familiar em Teresina
Pelo menos 25 coletivos de produtores da agricultura familiar de Teresina, União, José de Freitas, Altos e Coivaras participarão da feira ao longo dos três dias.Vigilância Sanitária e ADAPI discutem projeto para certificar produtos artesanais
O projeto visa melhorar a produção e comercialização de produtos artesanais.Rafael apresenta programa Saúde Digital em reunião de Países de Língua Portuguesa
O governador Rafael Fonteles apresentou a inovação digital aos representantes dos países-membrosDr. Pessoa recebe membros de Sindicato dos Transportes públicos de Teresina
O encontro ocorreu nessa terça-feira (13), onde foram discutidos os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores do transporte publico da capital
E-mail
Messenger
Linkedin
Gmail
Tumblr
Imprimir