Juiz manda soltar engenheiro suspeito de duplo homicídio em Teresina
O alvará de soltura em favor do engenheiro foi expedido nessa quinta-feira (21).
Nessa quinta-feira (21), a Justiça do Piauí revogou a prisão temporária do engenheiro Venerando José Bichão Cocentino, de 70 anos, suspeito de participar de um duplo homicídio, ocorrido em julho deste ano, na cidade de Teresina. Atuaram na defesa do suspeito os advogados criminalistas Airton Santos e Wendel Oliveira.
O engenheiro foi preso na última sexta-feira (15), no bairro Jóquei, Zona Leste da capital. Conforme a defesa, José Cocentino colaborou com as investigações, prestando todos os esclarecimentos necessários, diante disso não é mais necessário sua permanência no cárcere.
“[...] Venerando se trata de pessoa com residência fixa e profissão definida e sempre se colocou à disposição das autoridades, sendo a sua prisão neste momento não mais imprescindível para a conclusão das investigações, visto que todos os objetivos pelos quais ela foi decretada foram cumpridos uma vez que já colaborou com as investigações prestando tanto esclarecimentos como franqueou acesso irrestrito a toda sua vida. Embora em primeiro plano houve a decretação da prisão temporária que cumprida em 15/09/2023, pelo prazo de 30 (trinta) dias, porém ao tempo do pedido não mais persistiam os motivos que levaram à sua decretação, como já inclusive dito pela própria autoridade policial por ocorrência dos esclarecimentos prestados pelo requerente”, pontuaram no pedido de liberdade.
O juiz Valdemir Ferreira concedeu liberdade ao engenheiro devido sua boa conduta e porque a prisão temporária funciona como um instrumento específico de acautelar as investigações policiais nos termos da Lei nº 7.960/89, uma vez que o homem cooperou com o caso sua prisão é dispensável.
“Por todo o exposto, considerando a boa conduta de cooperação do investigado requerente e o devido acautelamento e prosseguimento das investigações, determino a revogação da prisão temporária de Venerando José Bichão Cocentino, em razão da fundamentada desnecessidade de manutenção da custódia cautelar temporária, não podendo Venerando José Bichão Cocentino ausentar-se da Comarca do juízo processante até o encerramento das investigações e comparecer obrigatoriamente sempre que intimado”, diz em trecho do alvará de soltura.
A defesa ainda pontuou que o suspeito está à disposição da Justiça e aguarda que o caso seja esclarecido, bem como seja declarado inocente.
Os advogados informaram ainda que o comportamento do suspeito foi visto com estranheza pelas autoridades policiais, porque o mesmo estava mal orientado. As investigações foram lideradas pelo delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
"O delegado só requereu a custódia temporária por que inicialmente o cliente estava mal orientado o que causou estranheza no comportamento que reclamava um olhar mais profundo por parte da autoridade, uma vez que o instrumento utilizado pela polícia foi legítimo diante da situação fática que encontrava-se as investigações e precisavam de concluí-las pois inclusive há prazos estabelecidos em lei para elucidação." complementou a dupla de criminalistas que atuam em defesa do engenheiro", complementaram.
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