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Bombeiros do Piauí retornam ao Brasil após missão de combate a incêndios na Bolívia

A operação humanitária contou com 44 dias de trabalho em áreas de preservação e comunidades indígenas com apoio internacional

Dois bombeiros militares do Piauí retornaram ao Brasil no último dia 19 de outubro, após concluírem uma operação de combate a incêndios florestais em uma região de fronteira entre Brasil e Bolívia. A missão, que durou 44 dias, foi realizada no Parque Nacional de San Ignacio de Velasco e em aldeias indígenas próximas, áreas severamente atingidas por queimadas. Composta por uma equipe de 62 bombeiros brasileiros, a missão teve apoio de especialistas internacionais e envolveu agentes de segurança e ambientalistas de vários países, incluindo Chile, França e Canadá.

Os tenentes Marcos Nunes e Francisco Gilberto, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, foram os piauienses destacados para a ação, que integra a Força Nacional de Segurança Pública. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Ministério das Relações Exteriores por meio da Agência Brasileira de Cooperação, a missão foi organizada como parte de um esforço humanitário para preservar o ecossistema local e proteger as comunidades afetadas.

Foto: Divulgação/Governo do PiauíBombeiros do Piauí
Bombeiros do Piauí

Durante a operação, as equipes atuaram em áreas de difícil acesso e de grande risco, tendo como base inicial a cidade de San Ignacio de Velasco. Segundo o Tenente Francisco Gilberto, a ação exigiu esforços intensos e integração entre as equipes. "Chegamos à cidade de San Ignacio de Velasco, e de lá partimos para as áreas de incêndios florestais. Foram 44 dias de combate a estes incêndios. Uma operação árdua, mas tivemos êxito", relatou o tenente, destacando o desafio de lidar com as condições ambientais e a vastidão do território.

Os incêndios não apenas ameaçavam a flora e fauna locais, mas também representavam um perigo direto para as comunidades indígenas que habitam a região. A operação contou ainda com a cooperação de outros países, possibilitando uma resposta mais ampla e técnica para controlar os focos de fogo que se alastravam pelo parque nacional e áreas próximas.

A missão teve suporte direto de órgãos brasileiros ligados à proteção ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ambos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). As equipes contaram com especialistas em desastres, enviados pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, que coordenaram as ações de maneira integrada para aumentar a eficiência das operações de combate e contenção dos incêndios.

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