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Prefeitura de Teresina tem débito de R$ 800 milhões, revela Marco Antônio Ayres

O engenheiro e futuro secretário de planejamento evidenciou que os débitos são relativos a fornecedores contratados para diversos serviços.

Nesta quarta-feira (13), o engenheiro civil e futuro secretário de planejamento de Teresina, Marco Antônio Ayres, afirmou em entrevista ao Viagora que a situação na Prefeitura de Teresina é crítica e a equipe de transição já constatou débito de aproximadamente R$ 800 milhões na gestão de Dr. Pessoa.

De acordo com Marco Antônio, a equipe, coordenada pelo vice-prefeito eleito Jeová Alencar, detectou problemas estruturais que deixaram a prefeitura em “estado de calamidade” com serviços públicos operando de forma precária. 

Foto: Letícia Dutra/ ViagoraMarco Antônio Ayres
Marco Antônio Ayres

“Nós estamos no período crítico da transição, estamos recebendo alguns dados de secretarias, mas a nossa colheita de dados nos mostrou até agora que a situação da prefeitura é crítica, estado de calamidade. Haja visto a situação da falta de remédio nos hospitais, há também a falta de merenda escolar. Os alunos estão deixando de frequentar a escola por falta de merenda, a limpeza da cidade também está um caos e soubemos extraoficialmente que estão até entrando em greve. Tudo está em estado precário”, afirmou.

O engenheiro evidenciou que os débitos são relativos a fornecedores contratados para diversos serviços. “A parte financeira é que a gente ainda não tem diagnóstico preciso, mas o estrago é grande, pelos débitos que existem. Na saúde, é em torno de R$ 400 milhões, nas outras secretarias, o mesmo valor. Então, beira aos R$ 800 milhões”, explicou.

Marco Antônio declarou ainda que os setores mais críticos são saúde, educação e limpeza urbana.

“Esses são os setores mais críticos, fora o transporte público que já vinha se arrastando e foi destruído completamente o que se tinha feito na época do Firmino Filho. Temos tudo isso para recuperar”, complementou.

Segundo o futuro secretário, são necessárias intervenções urgentes para que esses serviços essenciais não entrem em colapso. “O caos na saúde e na educação está instalado e o lixo vai colapsar se não tomarmos nenhuma providência urgentíssima de intervenção na coleta e remoção de registros para o aterro sanitário”, afirmou.

Organizar a casa

O engenheiro civil também comentou sobre os 100 primeiros dias de gestão na Secretaria de Planejamento e a necessidade de colocar tudo em ordem.

“Os 100 primeiros dias são tradicionais, é o prazo que a população dá para o gestor que assume colocar a casa em ordem. Só que está tão desordenada que acredito ser difícil colocar em 90 dias por conta do caos instalado na cidade”, afirmou.

Marco Antônio ainda pontuou que a prefeitura deve levar cerca de um ano para conseguir organizar a casa.

“Essa eleição foi um chamamento para que Sílvio Mendes colocasse a Casa em ordem. Acredito que em um ano a gente consegue colocar a casa em ordem, em três meses não dá”, ressaltou.

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