Câmara é omissa na fiscalização de empresas contratadas na gestão de Dr. Pessoa, diz Kerley
O pré-candidato falou sobre a contratação de 12 empresas pela Prefeitura de Teresina sem licitação, na qual empresários são investigados pela polícia e o Ministério Público.
Nesta quinta-feira (29), o pré-candidato a prefeito de Teresina, Tonny Kerley (Partido Novo), comentou sobre a contratação de 12 empresas, sem licitação, realizada pela Prefeitura de Teresina, na qual dois desses empresários são investigados pelo Ministério Público e a Polícia Civil, os fatos foram denunciados em reportagens publicadas pelo Viagora.
De acordo com o professor, o comando da capital, sob administração do prefeito Dr. Pessoa, tem se mostrado “ineficiente” em relação às suas contratações.
![Pré-candidato Tonny Kerley](/media/images/2024/02/29/pre-candidato-tonny-kerley.jpeg.950x0_q95_crop.webp)
“É uma gestão ineficiente, que tem atuado de forma ineficiente na contratação de seus fornecedores. É uma gestão que deve ter mais cuidado em todo esse processo de contratação”, explicou.
Para Tonny, é preciso adotar providências que visam a maior transparência e cuidado com os recursos públicos, como a inclusão de cláusula em editais para que empresas investigadas não possam participar do processo licitatório.
“Minha sugestão é que possa ser incluído em todos os editais que empresas investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil não possam ser incluídas em editais de licitação, por exemplo”, declarou.
Segundo o pré-candidato, o papel fiscalizador da Câmara Municipal de Teresina não foi cumprido e os vereadores foram omissos quanto aos contratos sem licitação mencionados.
“Os vereadores da Câmara deveriam encaminhar uma denúncia para o Ministério Público, já que a função dos vereadores é essa fiscalização. A Câmara de Vereadores é omissa na fiscalização da contratação dessas empresas alvos de investigação pela prefeitura”, pontuou.
O professor ainda destacou que vai analisar uma possível abertura de denúncia contra a Prefeitura de Teresina para avaliar as irregularidades.
“Inclusive, vou encaminhar para o jurídico do partido analisar e ver se é possível a gente realizar alguma denúncia”, destacou.
Entenda o caso
Em 18 de janeiro deste ano, a Prefeitura de Teresina, através da Secretaria de Educação de Teresina, celebrou contratos com 12 empresas distintas para fornecimento de gêneros alimentícios ao custo total de R$ 32.856.000, 00 (trinta e dois milhões, oitocentos e cinquenta e seis mil reais).
Os produtos voltados para a secretaria comandada por Ximenes da Silva, tem o objetivo de garantir alimentação escolar dos alunos da Rede Pública Municipal de Ensino, matriculados no ensino fundamental, creches integrais, pré-escola, programa mais educação, EJA, escolas de ensino integral, escolas conveniadas e filantrópicas. A vigência contratual é de 180 dias.
Além disso, após a apuração minuciosa do Viagora, foi identificado que dois empresários contratados pela gestão do prefeito Dr. Pessoa respondem a inquérito policial e foram denunciados pelo Ministério Público em duas ações de improbidade administrativa.
Os referidos empresários são Gerson Santos Rocha, proprietário da empresa GSR Distribuidora de Alimentos Ltda., que responde a duas ações por improbidade administrativa e Thiago Soares Nunes, proprietário da empresa Santana Distribuidora, indiciado por falsidade ideológica em janeiro de 2020 pelo então delegado James Guerra, à época titular da Delegacia de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Relações de Consumo (DECCORTEC).
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