Ministério Público denuncia cinco pessoas por homicídios ligados a facção em Pedro II
De acordo com os promotores do Gaej, os crimes estão relacionados ao controle do tráfico de drogas na região e têm conexão com organizações criminosas de atuação nacional.
O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), através do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (Gaej), apresentou seis denúncias criminais contra cinco pessoas por envolvimento em crimes de homicídio, sendo cinco consumados e um tentado, ocorridos na cidade de Pedro II entre outubro de 2023 e abril de 2024.
De acordo com os promotores do Gaej, os crimes estão relacionados ao controle do tráfico de drogas na região e têm conexão com organizações criminosas de atuação nacional.
Os representantes do órgão ministerial revelaram que os crimes foram orquestrados por uma célula local de uma facção que busca consolidar seu domínio sobre o comércio de entorpecentes em Pedro II. Segundo as investigações, as vítimas, em sua maioria, estavam ligadas ao tráfico e foram assassinadas por desobedecer às regras da organização criminosa ou por operar fora da área de controle da facção.
Conforme o Ministério Público, das vítimas mencionadas nas denúncias, três faziam parte do mesmo grupo criminoso dos acusados e foram executadas por violarem normas internas. Outra pessoa foi morta por negociar drogas em território controlado pela facção sem autorização. Além disso, uma vítima foi assassinada por engano, após ser confundida com um alvo que mantinha contato com a organização.
As denúncias apontam que também foi registrado uma tentativa de homicídio contra um membro de uma facção rival, sendo que todos esses crimes foram perpetrados com o uso de armas de fogo, geralmente em locais públicos e de grande movimentação, aumentando o risco para a população local.
O Ministério Público ainda pontua que entre os denunciados, dois são citados como principais responsáveis por quatro dos homicídios relatados. Um deles, identificado como líder da organização criminosa na cidade, teria solicitado e recebido autorização de líderes localizados em outro estado para realizar os assassinatos. O segundo acusado atuou como executor em todos os casos documentados. Ambos foram presos preventivamente em março de 2024, após uma operação conduzida pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), da Polícia Civil do Piauí.
Diante disso, o Gaej/MPPI requereu à 1ª Vara da Comarca de Pedro II o recebimento das denúncias, para dar início ao processo legal com a abertura do prazo para a defesa dos acusados e a realização de audiências. Caso as denúncias sejam acatadas e resultem em sentenças de pronúncia, os investigados serão levados a julgamento pelo Tribunal do Júri.
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