Blocão de Fábio Novo não se monta de graça, diz Geraldo Carvalho
O candidato a prefeito pelo PSTU fez uma análise sobre a campanha eleitoral e teceu críticas aos principais postulantes.
O candidato a prefeito de Teresina, pelo PSTU, Geraldo Carvalho, fez uma análise sobre o comportamento dos postulantes durante a campanha eleitoral, que termina em 3 de outubro. O professor universitário afirmou ao Viagora que existem ataques recíprocos de políticos que há anos fazem parte do governo, mas que não têm contribuído para transformações na cidade.
“Esses ataques mostram bem a realidade. Porque, se, por um lado, eles vendem uma ilusão para a população, dizendo que vão construir um mundo que não é real, ao mesmo tempo, eles mostram a realidade. Porque eles estão no governo há quase 30 anos. Desde 1990, desde a Nova República, desde o fim da ditadura militar, que eles participam dos esquemas políticos, eleitorais e governamentais no Estado, na cidade”, esclareceu.
Geraldo Carvalho fez uma crítica aos três principais candidatos, Dr. Pessoa (PRD), Sílvio Mendes (União Brasil) e Fábio Novo (PRD), afirmando que ao longo de suas carreiras políticas têm se beneficiado de cargos e vantagens públicas.
“Tanto o Sílvio Mendes, que participou desde os anos 90, com o PSDB, daquele bloco que governou a cidade de Teresina por 30 anos, quanto o Fábio Novo, que começou no interior lá com o vereador, vice-prefeito, deputado, secretário estadual e o PT, governa esse estado há mais de 20 anos. Tem também o Doutor Pessoa, que foi vereador por 14 anos, deputado estadual e agora é prefeito. Os três nunca largaram nesses 30 anos as tetas do estado e eles se alimentam a partir disso, então eles se conhecem, é um acusando o outro”, explicou.
Ainda segundo o candidato, o “blocão” formado pelo petista Fábio Novo é uma estrutura que não se monta “de graça”. Para Geraldo, os grupos políticos dominantes querem apenas se apropriar do orçamento público e votar nessas três opções mencionadas acima pode gerar um prejuízo para a cidade.
“O esquema eleitoral de Fábio Novo reúne 13 partidos, os principais grupos econômicos do estado. Você acredita que eles vão resolver os seus problemas depois da eleição? Não, não é de graça que se monta uma estrutura dessa, um blocão desse, com tantos partidos e com tantos grupos econômicos, isso é para se apropriar do orçamento público, da máquina pública e colocá-la a serviço da acumulação do patrimônio deles e das famílias deles. Nós vamos continuar sem saúde pública, sem a creche para as crianças, sem o transporte coletivo, ou então pagando muito caro pelo pouco serviço que eles colocarem à disposição. Então, votar em um desses três é dar um tiro no próprio pé”, afirmou.
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