Ministro do STJ mantém preso envolvido no roubo da Servi-San
José Airton é acusado de participar do roubo de cerca de R$ 15 milhões da empresa Servi-San.
O pedido de soltura de José Airton Rodrigues, conhecido como Dr. Airton, foi negado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Sebastião Reis Júnior. José Airton é um dos acusados de assaltar R$ 15 milhões da empresa Servi-San. A decisão é do dia 10 de outubro de 2017 e foi publicada hoje (16).
- Foto: Ascom/TJMinistro do STJ, Sebastião Reis Júnior.
O acusado foi preso temporariamente no dia 23 de março deste ano com posterior prorrogação. No dia 25 de maio a prisão preventiva foi decretada.
O advogado Stanley de Sousa Patrício Franco alega ausência de fundamentação concreta para a manutenção da prisão. Diz que Dr. Airton é réu primário, possui bons antecedentes e está com 62 anos de idade. Requereu, inclusive liminarmente, a revogação da prisão preventiva ou a concessão da liberdade provisória com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
O ministro do STJ disse, em sua decisão, que “a suposta organização criminosa está relacionada ao crime de extrema gravidade, extorsão mediante sequestro, onde os agentes após sequestrar funcionários da empresa Servi-San, subtraíram cerca de quinze milhões de reais, o que evidencia a periculosidade dos investigados, diante da ousadia demonstrada, capaz de denotar a inexistência de freios sociais a inibir a conduta delitiva”.
Sebastião Júnior afirma que é “presente a probabilidade de reiteração delitiva, evidenciada pela gravidade real dos crimes imputados, pelo modo como a organização se voltava para a prática do crime de extorsão mediante sequestro e pelo envolvimento dos acusados em outros crimes, dados que justificam a decretação da prisão cautelar para garantia da ordem pública”.
O ministro solicitou ao Tribunal de Justiça do Piauí e ao Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Teresina informações, a serem prestadas no prazo de 20 dias, acerca da atual situação do José Airton e do andamento da ação penal. Sebastião determinou vista dos autos ao Ministério Público Federal.
Sobre o caso
A Polícia Civil do Piauí, por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), desencadeou no dia 30 de março a Operação Tríade Paulista, visando desbaratar organizações criminosas que realizaram sequestros e assaltos a bancos. As diligências seguiram até o dia seguinte, e entre os presos havia envolvidos no assalto milionário à Servi-San. Foram presas pessoas do Piauí, Maranhão e São Paulo.
Oito criminosos que foram presos em São Paulo durante a Operação Tríade Paulista, foram deslocados a Teresina no dia 07 de abril.
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