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Limma repudia comemoração ao golpe militar sugerida por Bolsonaro

O deputado Francisco Limma (PT) usou a tribuna da Alepi para apresentar uma moção de repúdio à comemoração.

O líder governista na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), deputado Francisco Limma (PT), usou a tribuna da Casa para apresentar uma moção de repúdio à comemoração ao golpe militar de 1964 sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro.

No início desta semana, o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país. O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart ocorreu em 31 de março de 1964. Após o ato, iniciou-se uma ditadura que durou 21 anos. No período, não houve eleição direta para presidente. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. 

  • Foto: Hélio Alef/ViagoraDeputado Estadual Francisco Limma (PT)Deputado Francisco Limma (PT).

Limma destacou que “o Ministério Público Federal emitiu nota se manifestando contra a orientação dada por Bolsanaro. A história não nega a censura aos meios de comunicação, as torturas, desaparecimentos de pessoas e assassinatos, como o de 434 militares contrários ao golpe e oito mil indígenas”.

Francisco Limma pontuou ainda que no Piauí foram muitas as pessoas que sofreram as consequências da ditadura militar, iniciada com o golpe. 

“O saudoso Themístocles Sampaio Pereira, pai do nosso atual presidente da Assembleia; o amigo Antônio José Medeiros; Clidenor de Freitas, Celso Barros; José Reis Pereira; Padre Raimundo José e Jesualdo Cavalcantti são alguns dos nomes que sofreram com a ditadura, seja o exílio, perda de mandato ou tortura. Esta data não tem nada que ser comemorada e é um absurdo esta orientação do presidente”, concluiu o deputado.

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