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"Espero que o acusado pegue pena máxima ", diz pai de Camilla Abreu

O julgamento de Allisson Wattson acontece no Plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina.

Nesta sexta-feira (24), acontece o julgamento do ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson, acusado de matar a estudante de direito Camilla Abreu em outubro de 2017 em Teresina.

O julgamento acontece no Plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina, presidido pela Juíza Zilma Coutinho, no Tribunal de Justiça de Piauí (TJ-PI), onde o ex-capitão poderá ser absolvido ou condenado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

Segundo o pai da vítima, Jean Carlos, a família deseja que o acusado pegue pena máxima. “Esperamos que ele seja julgado, condenado e pegue pena máxima. Que pague pelo crime que ele cometeu né?”.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraJean Abreu, Pai da Camilla AbreuJean Abreu, Pai da Camilla Abreu

A defesa de Allisson, informou que está confiante sobre o processo e acredita que receberão um resultado positivo. “Eu estou confiante na justiça! Acredito que uma vez sendo feito justiça, outra solução não será do que o reestabelecimento da liberdade de quem está preso injustamente.”, disse um dos advogados de defesa, Francisco de Assis Silva.

De acordo com a defesa, o disparo que matou Camilla foi acidental e que a hipótese é amparada pela perícia técnica, no entanto, laudos preliminares apontam que a estudante foi agredida e teve a arma apontada em sua cabeça, o que contesta a teoria de um acidente.

O advogado de Allison alega que as investigações estão sendo tomadas partindo de um ponto de vista único e que não representam a realidade do ocorrido. “Se vê muito o lado da vítima, claro que não pode deixar de se ver, mas não pode se afastar do fato. E o fato infelizmente, a polícia tende querer que o fato seja apenas uma investigação e esquece de apurar a realidade do que ocorre nesses episódios.”

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraAdvogado de defesaAdvogado de defesa Francisco de Assis Silva

A família que não pode acompanhar o julgamento, aguardaram do lado de fora, esperando pelo desfecho do caso. “Fica passando esse filme todo na cabeça da gente, desde o desaparecimento dela até eles mostrarem o corpo. Então a gente vem sofrendo dia a dia e a gente espera pelo desfecho desse julgamento.”, desabafou o pai, Jean Carlos.

  • Foto: Luis Marcos/ ViagoraFamilia da Camilla AbreuFamilia da Camilla Abreu

Relembre o caso

Na noite do dia 25 de outubro de 2017, Camilla Abreu foi vista pela última vez em um bar acompanhada do namorado Allison Watson, no bairro Morada do Sol, na zona leste de Teresina.

Segundo o  inquérito policial, o ex-capitão teria ficado dois dias incomunicável, voltando apenas no sábado (28) e afirmando não saber do paradeiro da jovem. Ele alegava que tinha deixado a jovem em casa na noite do desaparecimento.

  • Foto: DivulgaçãoCapitão Allison Wattson e Camila AbreuCapitão Allison Wattson e Camila Abreu

A família não acreditou e denunciou o caso para Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que iniciou a investigação.

Segundo a polícia, no dia 31 de outubro o ex-policial militar revelou onde o corpo de Camilla estava.

Ele teve a prisão em flagrante decretada, convertida em prisão preventiva no dia seguinte, e inicialmente ficou em uma prisão militar, mas em fevereiro de 2019 o Tribunal de Justiça do Piauí decidiu por unanimidade que ele fosse expulso da corporação.

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