Mães da Segurança Pública do Piauí conciliam carreira e educação dos filhos
Além do desafio profissional, as mães precisam equilibrar o cuidado com os filhos em uma jornada árdua, mas recompensante
As mulheres que ingressam na segurança pública tem ganhado destaque na proteção da sociedade, exercendo funções importantes na Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Além do desafio profissional, as mães precisam equilibrar o cuidado com os filhos em uma jornada árdua, mas gratificante
Segundo a sargento Marta dos Santos, mãe de dois filhos, com 22 anos de serviços prestados à Polícia Militar do Piauí, as mães da área da segurança pública compartilham os mesmos medos das outras mães, mas com uma diferença, elas tem pouco tempo para acompanhar o dia a dia dos filhos.
![Mães da segurança pública](/media/images/2024/05/12/maes-da-seguranca-publica.jpg.950x0_q95_crop.webp)
“Na rotina da segurança pública, lidamos com situações que nos fazem refletir profundamente, especialmente quando nos deparamos com presos da mesma idade que nossos filhos. Essa proximidade nos leva a questionar, e se fosse meu filho nessa situação? Esse tipo de ocorrência abala muito nosso lado emocional. Nós, como mães da área da segurança pública, compartilhamos os mesmos medos das outras mães, mas com uma diferença crucial, temos pouco tempo para acompanhar o dia a dia de nossos filhos, principalmente no que diz respeito às atividades diárias e escolares", explicou a sargento.
A tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Piauí, Rosimar do Nascimento, ressalta a dificuldade que teve em deixar o filho pequeno para cumprir um plantão de 24 horas.
“Saímos de casa para prestar um serviço de qualidade para a sociedade deixando nossos filhos nas mãos de outras pessoas, a saudade é algo muito doloroso, porém conseguimos seguir em frente e exercer nosso papel. Meu filho já tem 12 anos, e hoje consigo estudar e me divertir com ele, além de acompanhar as fases de seu desenvolvimento”, pontuou a tenente.
De acordo com a delegada de Polícia Civil, Alexandra Santos, mãe de três filhos, a jornada de conciliar maternidade e profissão é desafiado, pois é um processo de busca da realização profissional e pessoal.
“Algumas mães deixam de fazer o que gostam para cuidar dos filhos, outras não tiveram a oportunidade de estudar e de se profissionalizar, eu tive essas oportunidades e estou atuando em uma profissão que me realiza. Sou grata, mesmo que, por vezes, ache que estou falhando e que não passo tempo suficiente com meus filhos. Acredito que mesmo com tantas dificuldades eles enxergam em mim uma mãe guerreira, trabalhadora, um alguém que faz tudo por eles. Acredito que no futuro irão dizer que eu consegui trilhar minha vida profissional bem sucedida e não deixei de ser uma boa mãe”, destaca a delegada.
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