Morte de Emídio tem motivação política, constata polícia
Ex-vereador ameaçava braço político e financeiro de quadrilha.
Disputa política. Essa foi a causa da execução do ex-vereador Emídio Reis, morto no Piauí em janeiro deste ano. Ele ameaçava a estabilidade política e financeira da organização liderada por Francimar Pereira na região de São Julião.
Na eleição de 2012, Reis disputou a prefeitura de São Julião pelo PMDB. Então presidente da Câmara dos Vereadores, perdeu para o prefeito e candidato à reeleição José Neci (PT). A diferença entre os dois foi de apenas 279 votos, o que projetou o peemedebista como uma das principais lideranças políticas do município.
Derrotado nas urnas, Emídio não se deu por vencido. Acompanhava de perto as ações judiciais movidas contra seus adversários na Justiça Eleitoral. Os gestores do município eram conscientes da possibilidade de serem cassados, o que atrapalharia um possível acordo firmado entre prefeito e vice.
O delegado James Guerra explica o trato entre o prefeito Zé Neci e o vice Francimar. "O que a polícia constatou até agora é que naquela região e, mais especificamente, em São Julião, os mandatos eleitorais eram divididos em dois anos. Então, aquela chapa que fosse vencedora, o prefeito assumiria por dois anos, renunciaria e o vice assumira a prefeitura", conta.
A atuação de Emídio poderia impedir que esse plano se concretizasse. E mais: devido aos trâmites do Judiciário, os atuais gestores poderiam ser sacados das funções justamente na segunda metade do mandato, quando, em hipótese, Francimar estaria no comando da prefeitura.
"Como houve ameaça do mandato não ser cumprido, pela forma como o ex-vereador vinha instruindo o processo judicial, o vice-prefeito Francimar, sentindo-se ameaçado, deliberou pela morte do ex-vereador Emídio", afirma o delegado James Guerra.
Vice assumiu prefeitura após prefeito ser ameaçado
Francimar Pereira não era bom de votos, mas tinha o que muitos políticos precisam: estrutura financeira. Por isso sua influente presença no cenário eleitoral de São Julião. Filiado ao PP, ele está no seu segundo mandato de vice-prefeito. O primeiro foi exercido de 2005 a 2008, época em que ele chegou a assumir o comando do município.
O prefeito Francisco Carlos Xavier, o Carlão, estava no final do mandato quando começou a ser ameaçado de morte. Assustado, pediu afastamento do cargo alegando problemas de saúde, abrindo a vaga para o vice assumir.
A mídia publicou que Francimar Pereira seria o autor das ameaças. Ele estaria insatisfeito com a quebra de acordo semelhante ao feito com o atual prefeito Zé Neci, que implicaria na divisão do mandato em dois anos para cada.
Na época, o político preso nesta sexta-feira (15) pela morte do ex-vereador Emídio Reis negou todas as acusações feitas contra ele em 2008, declarando-se amigos do então prefeito Carlão. E ficou por isso.
Na eleição de 2012, Reis disputou a prefeitura de São Julião pelo PMDB. Então presidente da Câmara dos Vereadores, perdeu para o prefeito e candidato à reeleição José Neci (PT). A diferença entre os dois foi de apenas 279 votos, o que projetou o peemedebista como uma das principais lideranças políticas do município.
Derrotado nas urnas, Emídio não se deu por vencido. Acompanhava de perto as ações judiciais movidas contra seus adversários na Justiça Eleitoral. Os gestores do município eram conscientes da possibilidade de serem cassados, o que atrapalharia um possível acordo firmado entre prefeito e vice.
O delegado James Guerra explica o trato entre o prefeito Zé Neci e o vice Francimar. "O que a polícia constatou até agora é que naquela região e, mais especificamente, em São Julião, os mandatos eleitorais eram divididos em dois anos. Então, aquela chapa que fosse vencedora, o prefeito assumiria por dois anos, renunciaria e o vice assumira a prefeitura", conta.
A atuação de Emídio poderia impedir que esse plano se concretizasse. E mais: devido aos trâmites do Judiciário, os atuais gestores poderiam ser sacados das funções justamente na segunda metade do mandato, quando, em hipótese, Francimar estaria no comando da prefeitura.
"Como houve ameaça do mandato não ser cumprido, pela forma como o ex-vereador vinha instruindo o processo judicial, o vice-prefeito Francimar, sentindo-se ameaçado, deliberou pela morte do ex-vereador Emídio", afirma o delegado James Guerra.
Vice assumiu prefeitura após prefeito ser ameaçado
Francimar Pereira não era bom de votos, mas tinha o que muitos políticos precisam: estrutura financeira. Por isso sua influente presença no cenário eleitoral de São Julião. Filiado ao PP, ele está no seu segundo mandato de vice-prefeito. O primeiro foi exercido de 2005 a 2008, época em que ele chegou a assumir o comando do município.
O prefeito Francisco Carlos Xavier, o Carlão, estava no final do mandato quando começou a ser ameaçado de morte. Assustado, pediu afastamento do cargo alegando problemas de saúde, abrindo a vaga para o vice assumir.
A mídia publicou que Francimar Pereira seria o autor das ameaças. Ele estaria insatisfeito com a quebra de acordo semelhante ao feito com o atual prefeito Zé Neci, que implicaria na divisão do mandato em dois anos para cada.
Na época, o político preso nesta sexta-feira (15) pela morte do ex-vereador Emídio Reis negou todas as acusações feitas contra ele em 2008, declarando-se amigos do então prefeito Carlão. E ficou por isso.
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Willame Moraes
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