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Vistoria na Penitenciária Irmão Guido encontra 92 barras de ferro e 41 celulares com presos

Para o diretor, alguns dos materiais como drogas e celulares chegaram até os detentos por meio de familiares.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem (06), o diretor de inteligência e proteção externa da Secretaria de Justiça do Piauí, Anselmo Portela, revelou que durante uma vistoria da Secretaria de Justiça do Piauí, Polícia Rodoviária Federal e Tropa de Choque da Polícia Militar, foram encontrados 41 aparelhos celulares em posse de detentos na Penitenciária Irmão Guido em Teresina.

Além dos celulares também foram encontradas 92 barras de ferro afiadas, retiradas da própria estrutura do presídio, 18 carregadores de celulares e drogas como crack e maconha.

Imagem: Marco Freitas"Chumchos", como falam os presos, são armas fabricadas com ferros da estrutura da penitenciária

“Fizemos vistoria nos pavilhões ‘B’ e ‘C’. que abrigam metade dos cerca de 380 presos da unidade prisional. Ao todo, os dois pavilhões tem de 180 a 200 internos. Continuamos fazendo vistorias em outros pavilhões”, declarou Anselmo Portela.

Para o diretor, alguns dos materiais como drogas e celulares chegaram até os detentos por meio de familiares. Ele disse também que no momento da revista uma mulher chegou a ligar para um dos aparelhos, mas desligou logo em seguida.

A Secretaria de Justiça admite falhas na revista e deficiências na estrutura da penitenciária. Ainda segundo Anselmo Portela, não é possível rastrear as ligações realizadas pelos detentos. “O rastreamento não pode ser realizado sem ordem judicial e os presos não cometem crime por utilizá-los, de forma que fica difícil puni-los. Eles podem ser punidos disciplinarmente, pegando no máximo 30 dias sem banho de sol, mas não são penalizados criminalmente”, explicou.

Imagem: Marco FreitasClique para ampliarCelulares foram encontrados em ralos de banheiros, buracos e até em livros(Imagem:Marco Freitas)Celulares foram encontrados em ralos de banheiros, buracos e até em livros
Sobre a possibilidade dos presos estarem usando os aparelhos para comandar ações criminosas dentro da unidade prisional, o diretor disse achar pouco provável. “Não há informações nesse sentido. Acreditamos que os celulares deviam estar sendo utilizados para falar com familiares e amigos”, relatou.

Já sobre a retirada de barras de ferro da estrutura do presídio, Anselmo admite a vulnerabilidade. “A estrutura é antiga, mas é o prédio que nós herdamos. Quando ela é danificada, buscamos fazer reparos e reforçar a vigilância”, afirmou.

A operação contou com a tropa de choque da PM e agentes da Polícia Rodoviária Federal. A tropa de choque ficou responsável pela escolta dos presos enquanto a Policia Rodoviária Federal realizou a revista com cães farejadores. Ao todo, foram seis agentes da PRF acompanhados por três cães treinados para localizar entorpecentes.

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