Presos na Operação Escamoteamento têm quartos especiais em Teresina
A informação foi publicada neste domingo (24) pelo site de notícias UOL. Os presos na Operação Escamoteamento são acusados de fraudes em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O site de notícias UOL divulgou neste domingo (24) que há quartos individuais na área do ginásio de esportes da Casa de Custódia em Teresina, e entre os ocupantes desses quartos estão presos da Operação Escamoteamento, deflagrada em abril deste ano. A matéria foi feita com base em denúncia do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).
- Foto: UOL NotíciasPresos têm quartos individuais em cadeia superlotada em Teresina.
"O ginásio poliesportivo, que deveria ser usado para atividades físicas, virou um verdadeiro pavilhão. O que nos chama a atenção é que em torno desse espaço existem verdadeiros apartamentos para uso de determinados presos. Tem alguns individuais e outros com dois ou três presos", denuncia o diretor jurídico do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho.
Os quartos ficam junto à quadra, que também é ocupada por presos. Conforme as denúncias, no espaço coletivo há colchões, ventiladores, freezer, fogão e até uma área reservada para lazer, com cadeiras e televisão.
"Não é apenas um quarto. São suítes, com banheiro, cama, ventilador, televisão. São presos abastados, que foram presos em operações de desvio de dinheiro público e estão com privilégio em um espaço maior, ventilado e ainda com suítes individuais enquanto estão à disposição da Justiça", denuncia o vice-presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.
Operação Escamoteamento
O objetivo da Operação era cumprir mandados de prisão e condução coercitiva de donos de empresas atuantes no norte do estado do Piauí e empresas do Ceará que atuam nas cidades de Cocal, Buriti dos Lopes e outras.
De acordo com as investigações que desencadearam a operação, as empresas fechavam contratos para realização de serviços, obras de construção com valores exorbitantes, sem a devida prestação do serviço para os quais foram contratadas.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 1ª Promotoria de Justiça de Cocal, órgãos do Ministério Público do Estado do Piauí, apresentaram no mês de julho, quatro denúncias em desfavor dos 13 presos preventivos ligados à Administração Pública do município.
O Ministério Público requereu a manutenção da prisão preventiva de todos eles e a consequente condenação pela prática dos crimes de fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Operação Escamoteamento
Casa de Custódia de Teresina
Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí
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