José Serra é alvo de operação da Lava Jato contra crimes eleitorais
Segundo a PF, foi constatado indícios de recebimento por parte do parlamentar federal de doações eleitorais não contabilizadas que chegam a R$ 5 milhões.
Na manhã desta terça-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a Operação Paralelo 23, a terceira fase da Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo e um investigados é o ex-ministro e atualmente senador, José Serra (PSDB).
Segundo a PF, foi constatado indícios de recebimento por parte do parlamentar federal de doações eleitorais não contabilizadas que chegam a R$ 5 milhões. Os valores eram repassados por meio de operações financeiras e societárias simuladas para ocultar a origem ilícita do dinheiro.
Conforme a PF, as buscas irão se concentrar no gabinete do senador e no apartamento funcional em Brasília. O senador encontra-se em São Paulo. A ação é baseada no entendimento adotado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no Inquérito nº 4.435, de 14 de março de 2019, de reafirmar a competência da Justiça Eleitoral para os crimes conexos aos eleitorais.
São cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), na capital paulista e nas cidades de Itatiba e Itu, no interior de São Paulo, além do bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados, determinados pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
O inquérito policial foi remetido à primeira instância da Justiça Eleitoral ainda no ano passado. Segundo a PF, houve a colaboração espontânea de pessoas que teriam sido contratadas no ano de 2014 para estruturar e operacionalizar os pagamentos de doações eleitorais não contabilizadas, efetuados supostamente a mando de um acionista controlador de importante grupo empresarial que comercializa planos de saúde.
De acordo coma PF, durante as investigações, foi identificada ainda a existência de outros pagamentos, em quantias elevadas, feitos por grandes empresas, sendo uma delas do setor de nutrição e outra do ramo da construção civil. Os valores eram destinados, segundo a PF, a uma das empresas supostamente utilizadas pelo então candidato para a ocultação do recebimento das doações.
A assessoria de José Serra divulgou que a defesa não foi informada desta operação, mas agora tenta saber se houve bloqueio de contas do senador e de familiares.
Com informações do R7.
Polícia Federal
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