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Estudante Marcos Vitor acusado de estupro está foragido há 7 meses

A prisão preventiva do jovem foi decretada em 7 de outubro de 2021. A mãe de uma das vítimas informou que as investigações continuam.

O estudante de medicina Marcos Vitor Aguiar Dantas, suspeito de estuprar três crianças da própria família,  está há quase sete meses foragido da Justiça do Piauí. A prisão preventiva do jovem foi decretada em 7 de outubro de 2021 na cidade de Teresina.

Viagoraconversou com a mãe de uma das vítimas,  a advogada e estudante de medicina Priscila Karine Coelho e ela informou que as investigações da Polícia Civil continuam e no dia 30 deste mês deve prestar depoimento sobre o caso.

Foto: Divulgação/InstagramMarcos Vitor Aguiar Dantas Pereira.
Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira.

“Desde setembro do ano passado que ele continua foragido. A polícia diz que estão procurando e acompanhando, mas sem perspectiva. Não sei se ainda estão investigando, até onde eu sei é para estarem. Tem uma audiência agora dia 30, porque o processo está correndo mesmo com ele estando foragido”, destaca.

Segundo Priscila Karine, até o momento somente as crianças vítimas do abuso foram ouvidas pela Justiça. O caso foi descoberto somente em julho do ano passado, sua filha foi uma das vítimas. “Nós fomos intimadas, porque foi dado a prisão dele no começo do processo e o processo andou, está andando e agora foi intimada as testemunhas, as partes, porque só foram ouvidas até então as crianças. Então vai falar eu, a mamãe, minha irmã, todos que tem participação no processo vai participar dessa audiência para que o juiz escute a gente”, explicou.

Em setembro de 2021 a Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), tentou intimar o estudante de medicina, Marcos Vitor Aguiar Dantas Pereira, porém, ele não foi localizado.

O inquérito referente ao caso do estudante de Medicina foi concluído em outubro de 2021 eo suspeito foi indiciado pelo crime de estupro contra as irmãs de 3 e 9 anos e a prima de 12 anos de idade.

Os depoimentos das vítimas, família e envolvidos no caso deveriam iniciar na mesma data em que sua prisão foi decretada, contudo Marcos Vitor não compareceu a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, segundo acordado pela defesa.

Priscila Karine demostra desesperança quanto a solução do caso e afirma que a Justiça do Estado é lenta no andamento das investigações. A condição financeira da família é um dos fatores que contribuem para que o jovem tenha condições para permanecer foragido, aponta a advogada.

“Eu não acredito que ele vai ser pego, eu acho que ele vai ficar foragido mesmo porque nossa Justiça é muito lenta, tem muito descaso e como ele tem condição financeira e a família está bancando então não aparece não. Pode ser que apareça algum dia, mas por agora não acho que ele vai aparecer”, afirma.

Para a mãe da vítima o jovem já está pagando pelo que cometeu com a retirada de sua liberdade, pois agora vive na condição de foragido, a ausência do convívio familiar, e o direto de finalizar o curso de Medicina. Por meio de suporte psicológico, Priscila afirma que as crianças estão superando o abuso que sofreram e estão vivendo normalmente.

"De certa forma eu acho que ele já está pagando, não deve ser fácil ser um foragido. E ele perdeu a possibilidade, pelo menos no nome dele, da família, dele de fazer o curso de Medicina, a vida dele normal, porque até então ele estava vivendo a vida dele normal, como se nada estivesse acontecido, e hoje não, hoje quem vive a vida normal são as crianças que estão super bem e ele sumiu, desapareceu da nossa vida e por lá que fique”, desabafa.

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