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Adesão da Eletrobras ao plano de redução das tarifas deve custar cerca de 350 demissões no Estado

A Eletrobrás deve concluir ainda este mês o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) que prevê a redução em 30% de sua folha de pagamentos em três anos

A Eletrobrás deve concluir ainda este mês o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) que prevê a redução em 30% de sua folha de pagamentos em três anos.

O plano, já apresentado aos Ministérios de Minas e Energia e do Planejamento, tem como objetivo que cerca de 4 mil a 5 mil funcionários com longo tempo de casa e salários e 50% acima da média, façam a adesão para serem desligados.

O assistente da presidência da Eletrobras Distribuição Piauí, José Salan, explica que no Estado a expectativa é de pelo menos 350 do quadro de 1.400 funcionários sejam desligados da empresa.

"O desligamento será por adesão. Na medida em que os servidores forem pedindo demissão, eles serão indenizados e a folha de pagamento será reduzida", explicou José Salan.

Mas para o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Marques, o número de funcionários que cotados para aderir o programa de desligamento é bem maior, chegando a 783 servidores.
"Vamos fazer o pleito junto à Eletrobras no sentido de que os direitos sejam respeitados. Já fomos procurados por alguns funcionários preocupados com essa situação. É importante colocar sugestões no sentido de melhorar o programa", afirmou o sindicalista.

A PROPOSTA

A proposta de demissão voluntária é uma consequência do plano de barateamento da conta de luz, proposto pelo Governo Federal no início do ano, em troca da renovação das concessões dessas empresas.

Ao aderir ao plano, a Eletrobras aceitou o corte de até 70% na remuneração que recebe pelo serviço o que implicou numa redução de pelo menos R$ 8 bilhões na receita anual.

Por isso, a empresa agora precisa cortar custos e o caminho escolhido foi a demissão de funcionários.

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