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Ex-assessor de Ciro está protegido pela PF após suposta ameaça de morte

O senador e deputado Dudu da Fonte são suspeitos de comprar o silêncio do ex-assessor.

Informações do G1 dão conta de que um ex-assessor de Ciro Nogueira, que vem colaborando com a Polícia Federal em diversas investigações da Lava Jato, foi colocado no programa de proteção à testemunha após suposta ameaça de morte. Ele tem colaborado em diversas investigações, sendo uma delas decorrente da delação da Odebrecht. A identificação do assessor não foi revelada.

De acordo com investigadores, o deputado Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira são suspeitos de comprar o silêncio do ex-assessor. As investigações apuram uma suposta tentativa de obstrução de Justiça. O assessor detalhou que recebia o pagamento em espécie e quem repassava o dinheiro era o ex-deputado Márcio Junqueira.

Na manhã de hoje (24), a PF cumpriu mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira (Pros-RR). Ele foi preso em Brasília. A assessoria de imprensa de Márcio Junqueira disse que a prisão é injusta, que o deputado é inocente. "É uma armação política para prejudicar o Márcio Junqueira", afirmou a assessoria do ex-deputado.

  • Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoSenador Ciro Nogueira (PP-PI)Senador Ciro Nogueira (PP-PI)

A PF também cumpriu mandados de busca no gabinete, apartamento funcional e na casa de Ciro Nogueira hoje. O senador está em Bruxelas, em viagem oficial, participando de um evento da Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo assessoria.

Apreensão de dinheiro

Durante as buscas, a Polícia Federal apreendeu na residência de Ciro cerca de R$ 200 mil em dinheiro. Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o parlamentar já havia declarado no seu Imposto de Renda o valor de R$ 180 mil. O restante, segundo ele, pode ser de sua mulher, a deputada Iracema Portella. A informação é do Blog do Valdo Cruz, do G1.

“Os recursos são legais e vamos, inclusive, fazer uma petição solicitando a devolução do dinheiro”, afirmou Kakay. Ele disse que Ciro afirmou estar tranquilo em relação às investigações e que, ao chegar ao Brasil na quinta-feira (26), irá depor assim que for chamado para prestar os esclarecimentos necessários.

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