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Joesley reforça que deu mala com R$ 500 mil a Ciro Nogueira em garagem

Empresário prestou novo depoimento à Polícia Federal sobre a suposta propina. Advogado diz que senador piauiense nunca recebeu dinheiro de Joesley.

O empresário Joesley Batista afirmou que o senador Ciro Nogueira recebeu, por meio do ex-diretor da J&F, Ricardo Saud, R$ 500 mil. A entrega teria ocorrido na garagem da casa de Joesley, em São Paulo. O empresário disse que os três se reuniram no dia 17 de março de 2017 para tratar sobre o repasse do dinheiro. A informações são da TV Globo, que teve acesso ao novo depoimento de Joesley Batista à Polícia Federal, feito no último dia 06.

  • Foto: Rovena Rosa/Agência BrasilJoesley BatistaJoesley Batista

Em setembro do ano passado, os dois executivos já haviam falado desse pagamento a Ciro Nogueira, em depoimento também prestado à PF. No relato feito neste mês, Joesley aprofunda os comentários feitos na delação.

  • Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoSenador Ciro Nogueira (PP-PI) defende novo projetoSenador Ciro Nogueira (Progressistas)

O advogado de Ciro Nogueira Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay disse, por nota, que ele nunca recebeu dinheiro de Joesley Batista e que a gravação da conversa vai comprovar isso.

Na delação de 2017, Joesley relatou sua proximidade com Ciro Nogueira. Contou que o senador era um de seu principais interlocutores políticos para tratar de interesses da J&F nos últimos três anos.

Nesta terça-feira, o senador Ciro Nogueira, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-deputado pelo Progressistas, atualmente no PROS, Marcio Junqueira, foram alvos de uma nova investigação da Lava Jato. Eles estão sob a suspeita da compra de silêncio de uma testemunha, o ex-assessor José Expedito Rodrigues Almeida.

Em relação ao novo depoimento sobre Ciro, o empresário Joesley Batista foi ouvido no inquérito que apura se o ex-procurador Marcelo Miller auxiliou os delatores da J&F enquanto ainda estava na Procuradoria Geral da República e se os delatores omitiram informações da delação.

Por causa dessas suspeitas, o acordo de delação está em revisão e os colaboradores podem perder os benefícios. A decisão definitiva ainda não foi tomada, cabe ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

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