Viagora

Ações de enfrentamento ao AVC e Infarto já evitaram mais de 700 mortes no Piauí

Implantadas pela Sesapi há 5 meses, já evitaram dezenas de mortes em todas regiões do estado.

O Governo do Piauí divulgou que o estado vem atuando firme no enfrentamento das doenças que mais matam e incapacitam no país: o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). As linhas de cuidado do AVC e do IAM, implantadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) há 5 meses, já evitaram dezenas de mortes em todas regiões do estado.

De acordo com a Sesapi, mais de 700 pacientes já foram atendidos pela teleassistência, que inclui neurologia e cardiologia 24 horas, e 120 trombólises foram realizadas no SUS em todas as regiões de saúde do Piauí.

Foto: Divulgação/ASCOMLinhas de Cuidados do AVC e Infarto
Linhas de Cuidados do AVC e Infarto

O secretário de sáude, Antônio Luiz, informa que os resultados da fase inicial de implantação das linhas de cuidado do IAM e AVC são animadores. “Isso mostra que as linhas de cuidado estão fazendo diferença real na vida das pessoas e que devem ser expandidas para que mais vidas possam ser salvas”, afirma

Segundo dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o AVC é a principal causa de morte no país. Em 2019, o DATASUS registrou cerca de 100.520 mortes por AVC e aproximadamente 76.476 mortes por doenças isquêmicas do coração, que incluem o IAM.

A Sesapi fez um plano de ações incluindo a qualificação de mais de 4000 profissionais de saúde, da descentralização da alta complexidade e de um banco de dados, para as linhas de cuidado saírem do papel e chegarem de fato à população

“Com o início efetivo das linhas de cuidado do IAM e AVC no estado do Piauí, podemos dizer que a saúde pública avançou significativamente e se tornou mais acessível e eficiente para a população. E o resultado disso foram muitas vidas salvas em 5 meses”, afirma Romilto Pacheco, neurointervencionista e Coordenador Estadual da Linha de Cuidado do AVC.

A enfermeira Arturgesina Martins Vasconcelos é uma prova de que as linhas de cuidado salvam vidas. Funcionária da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Floriano, viu a mãe de 79 anos precisar do serviço e ser atendida em tempo ágil. "O atendimento foi excelente, equipe ágil, foi tudo no tempo certo. Foram todos receptivos e tiraram todas as dúvidas antes do procedimento", ela fala que a mãe passou por uma trombólise no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano.

Já em Teresina, a primeira Unidade de AVC totalmente SUS, foi instalada esta semana no maior hospital público do estado, o Getúlio Vargas (HGV). São dez leitos monitorizados e com equipe multidisciplinar capacitada, conforme regulamentado pela portaria nº 800 do MS de 2015.

Para o superintende de alta e média complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo, a capital contará com uma rede de apoio de outras unidades hospitalares para garantir um melhor atendimento ao paciente vítima de AVC e IAM.

“Isso significa que os pacientes receberão um tratamento mais completo e integrado, com todo o suporte e tecnologias avançadas. Essa rede de apoio é fundamental para que possamos oferecer um atendimento de excelência aos pacientes, especialmente em casos mais complexos e de alta gravidade”, declarou.

Ainda de acordo com o superintendente, o Piauí está promovendo uma verdadeira revolução no atendimento à saúde pública. “É uma iniciativa impactante e abrangente. Estamos avançando a passos largos e essa Unidade de AVC totalmente SUS em Teresina é um marco nessa jornada.

Saiba como ocorre o atendimento:

As equipes de teleassistência da neurologia e cardiologia estão disponíveis 24h para discussão dos casos seja com a regulação, equipes do SAMU ou das unidades hospitalares. Após a definição da suspeita de diagnóstico as equipes são devidamente orientados quanto à conduta pertinente. 

Uma vez definidos os critérios de inclusão para indicação da terapia aguda, e seguindo rigorosamente o protocolo de segurança em leito monitorizado, o paciente recebe o trombolítico que é administrado via endovenosa.

Por Camila Trindade

Facebook
Veja também