Anvisa aprova dose de reforço para vacina da Pfizer contra Covid
Conforme a Anvisa, também foi autorizada a redução do intervalo mínimo de seis meses após a conclusão do ciclo vacinal para aplicação da dose adicional em pessoas a partir de 18 anos.
Nessa quarta-feira (24), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou a resolução com a mudança da bula da vacina do imunizante Pfizer (Comirnaty) que deve incluir a possibilidade de aplicação da dose de reforço e a redução do intervalo mínimo de seis meses após a conclusão do ciclo vacinal para aplicação da dose adicional em pessoas a partir de 18 anos.
Conforme a Avisa, a aprovação foi condicionada mediante o monitoramento do uso da dose de reforço e de possíveis efeitos adversos.
- Foto: Divulgação/Governo do PiauíVacinas da Pfizer.
Nessa quarta-feira (24), após uma reunião da Diretoria Colegiada, foi aprovado voto, que apresenta questionamentos e recomendações encaminhadas ao Ministério da Saúde para a realização da campanha de aplicação da dose de reforço da Pfizer, assim como de outros imunizantes que foram anunciados na semana passada.
A medida porque foi enviada porque o Ministério da Saúde anunciou na última terça-feira (16) que a dose de reforço seria liberada a todos as pessoas acima de 18 anos que terminaram o ciclo vacinal contra covid-19. Anteriormente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) destinava a dose de reforço apenas aos idosos, imunossuprimiddos e profissionais da saúde.
Ainda na semana passada, a Anvisa não tinha autorizado nenhuma vacina contra a covid-19 a aplicar a dose adicional. Dessa forma, a agência encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde para que prestassem esclarecimentos sobre a campanha anunciada, que foi respondido nessa quarta-feira (24) com respostas parciais.
De acordo com a Anvisa, apenas o imunizante Pfizer teve a aplicação da dose de reforço autorizada. No dia 17 deste mês o consórcio Oxford/AstraZeneca, que tem parceria no Brasil através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), solicitou autorização para aplicação da terceira dose para pessoas que completaram o esquema vacinal com as duas doses do mesmo imunizante.
No dia 19 de novembro, o imunizante de dose única, Janssen, também encaminhou um pedido a Anvisa para autorização da dose de reforço destinado a pessoas que tomaram a dose única da farmacêutica, assim como para pessoas que receberam doses de outros imunizantes. A agência tem um prazo de até 30 dias para avaliar o requerimento.
Os requerimentos encaminhados pelo consórcio Oxford/AstraZeneca e da Janssen seguem em análise pela equipe da Anvisa. A CoronaVac, da farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ainda não encaminhou pedido a agência solicitando a atualização para aplicar a terceira dose da vacina.
A equipe técnica da Anvisa autorizou a alteração da bula da vacina Pfizer e publicou no Diário Oficial nessa quarta-feira (24). A Diretoria Colegiada também discutiu sobre as diretrizes para aplicação das doses adicionais em geral.
A relatora do tema, Meiruze Freitas, fez questionamentos ao Ministério da Saúde por não ter encaminhado a campanha da dose de reforço a partir da aprovação da Anvisa, contudo, a relatora também reconheceu a partir das recomendações, a importância da dose de reforço.
Meiruze Freitas se baseou em estudos de farmacêuticas, autoridades sanitárias de outros países que apontam um perfil de segurança após receber a dose de reforço semelhante à aplicação da segunda dose. A relatora também afirmou que pesquisas cientificas apontam melhoria na resposta imunológica de pessoas que receberam as doses de reforço no período de seis meses após a conclusão do esquema vacinal original.
A Anvisa não prevê riscos as pessoas que receberam a dose de reforço, com vacina diferente das originais, dessa forma as pessoas que já receberam a dose adicional do imunizante diferente daquele aplicado no primeiro ciclo vacinal, não teriam possibilidades de apresentar efeitos adversos.
Com informações da Agência Brasil
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