Estados Unidos devem dar garantias a Julian Assange, diz funcionário sueco
Impasse diplomático sobre situação do fundador do WikiLeaks continua.
Um conselheiro do Ministério a Justiça da Suécia declarou nesta terça-feira (21) que as autoridades americanas, e não as suecas, devem dar ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, as garantias que ele pede para evitar ser extraditado da Suécia aos Estados Unidos.
A lei sueca e a Convenção Europeia de Direitos Humanos, assinada por Estocolmo, proíbem a extradição de uma pessoa para um país no qual esteja exposta à pena de morte, lembrou à France Presse o conselheiro, Per Hedvall.
Se Estocolmo receber um pedido de extradição de um país que aplica a pena de morte, como é o caso dos Estados Unidos, "a garantia de que não será pronunciada nem será aplicada a pena de morte deve vir do outro Estado", o solicitante da extradição, explicou Hedvall.
"As garantias não vêm do nosso lado, mas do outro", insistiu.
Julian Assange encontra-se atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, depois de um tribunal britânico ter aprovado em junho a sua extradição à Suécia para responder por acusações de estupro e agressão sexual, crimes que ele nega ter cometido.
Segundo seus partidários, o australiano teme que, em caso de extradição à Suécia, seja posteriormente entregue aos Estados Unidos, onde precisaria responder por acusações de espionagem por ter divulgado através do WikiLeaks, em 2010, milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana, o que o deixa sujeito à pena de morte.
A lei sueca e a Convenção Europeia de Direitos Humanos, assinada por Estocolmo, proíbem a extradição de uma pessoa para um país no qual esteja exposta à pena de morte, lembrou à France Presse o conselheiro, Per Hedvall.
Se Estocolmo receber um pedido de extradição de um país que aplica a pena de morte, como é o caso dos Estados Unidos, "a garantia de que não será pronunciada nem será aplicada a pena de morte deve vir do outro Estado", o solicitante da extradição, explicou Hedvall.
"As garantias não vêm do nosso lado, mas do outro", insistiu.
Julian Assange encontra-se atualmente refugiado na embaixada do Equador em Londres, depois de um tribunal britânico ter aprovado em junho a sua extradição à Suécia para responder por acusações de estupro e agressão sexual, crimes que ele nega ter cometido.
Segundo seus partidários, o australiano teme que, em caso de extradição à Suécia, seja posteriormente entregue aos Estados Unidos, onde precisaria responder por acusações de espionagem por ter divulgado através do WikiLeaks, em 2010, milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana, o que o deixa sujeito à pena de morte.
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