Barack Obama e Romney têm imagens ruins na imprensa dos EUA, diz estudo
Índice é o mais alto para as campanhas eleitorais recentes.
O presidente Barack Obama e seu adversário nas eleições de novembro, o republicano Mitt Romney, são retratados de maneira muito negativa na imprensa de seu país, mais do que em qualquer campanha recente, segundo um estudo apresentado nesta quinta-feira (23).
O trabalho do Projeto para a Excelência no Jornalismo (PEJ), do Centro de Pesquisas Pew, de Washington, indica que 72% das aparições do democrata Obama na imprensa ocorreram de maneira negativa, percentual quase idêntico ao do republicano Romney, que se situa nos 71%.
"O retrato nos meios de comunicação do caráter dos dois candidatos presidenciais em 2012 foi mais negativo do que em qualquer outra campanha recente, e nem o presidente Barack Obama nem o governador Mitt Romney desfrutam de uma vantagem sobre o outro", afirma o PEJ.
Os índices negativos dos dois candidatos são comparáveis apenas à campanha de 2004 entre o então presidente republicano George W. Bush e seu adversário democrata John Kerry, marcada pela guerra no Iraque, segundo o PEJ, que faz este tipo de estudo desde 2000.
A pesquisa realizada este ano levou em conta 1.772 afirmações sobre os candidatos incluídas em mais de 800 matérias de 50 grandes meios de comunicação americanos, entre o final de maio e o início de agosto, ou seja, por um período de dez semanas.
"Em sua cobertura dos candidatos, os meios de comunicação americanos aparecem cada vez mais como canais de retórica partidária e menos como a fonte de informação independente que algum dia foram", assinala o diretor do PEJ, Tom Rosenstiel.
Do lado de Obama, o tema principal é o suposto fracasso de suas políticas econômicas, que ocupa 36% das opiniões sobre ele, mais do que o dobro das afirmações a seu favor sobre esta questão (16%).
Quanto a Romney, as observações negativas sobre sua personalidade se dividem entre sua imagem de abutre capitalista (14%), rico elitista (13%), candidato fraco e propenso às gafes (11%) e a ideia de que suas políticas afetarão de maneira negativa a economia do país (10%).
"O estudo mostra que a imprensa apresenta aos eleitores uma história muito negativa tanto de Obama como de Romney", explica, por sua vez, o diretor adjunto do PEJ, Mark Jurkowitz.
Outra questão que salta aos olhos no estudo é o que não se fala na cobertura da corrida eleitoral em relação às supostas qualidades de Obama e Romney.
Sobre o atual presidente, apenas 3% das afirmações sobre sus características incluem a ideia de que se preocupa com o americano comum, algo que, no entanto, é um dos grandes temas de sua campanha.
Romney não está melhor neste sentido, já que a imprensa critica mais do que apoia uma das linhas centrais de sua mensagem, sua suposta capacidade de endireitar a economia dos Estados Unidos (10% contra, 8% a favor).
O estudo destaca, além disso, que a imprensa é cada vez menos uma fonte de difusão das qualidades e dos defeitos dos candidatos, papel cada vez mais desempenhado pelos aparatos da campanha.
De fato, desde 2000, o percentual de afirmações sobre os candidatos por parte dos jornalistas caiu pela metade (de 50 a 27%), enquanto o que a opinião pública recebe a partir de suas equipes de campanha e de seus aliados aumentou de 37 a 48%.
Imagem: ReproduçãoO presidente dos EUA, Barack Obama, discursa nesta quarta-feira (22) em Las Vegas, Nevada
O trabalho do Projeto para a Excelência no Jornalismo (PEJ), do Centro de Pesquisas Pew, de Washington, indica que 72% das aparições do democrata Obama na imprensa ocorreram de maneira negativa, percentual quase idêntico ao do republicano Romney, que se situa nos 71%.
"O retrato nos meios de comunicação do caráter dos dois candidatos presidenciais em 2012 foi mais negativo do que em qualquer outra campanha recente, e nem o presidente Barack Obama nem o governador Mitt Romney desfrutam de uma vantagem sobre o outro", afirma o PEJ.
Imagem: ReproduçãoO candidato republicano à presidência dos EUA, Mitt Romney, discursa nesta quarta-feira (22) em Bettendorf. Iowa
Os índices negativos dos dois candidatos são comparáveis apenas à campanha de 2004 entre o então presidente republicano George W. Bush e seu adversário democrata John Kerry, marcada pela guerra no Iraque, segundo o PEJ, que faz este tipo de estudo desde 2000.
A pesquisa realizada este ano levou em conta 1.772 afirmações sobre os candidatos incluídas em mais de 800 matérias de 50 grandes meios de comunicação americanos, entre o final de maio e o início de agosto, ou seja, por um período de dez semanas.
"Em sua cobertura dos candidatos, os meios de comunicação americanos aparecem cada vez mais como canais de retórica partidária e menos como a fonte de informação independente que algum dia foram", assinala o diretor do PEJ, Tom Rosenstiel.
Do lado de Obama, o tema principal é o suposto fracasso de suas políticas econômicas, que ocupa 36% das opiniões sobre ele, mais do que o dobro das afirmações a seu favor sobre esta questão (16%).
Quanto a Romney, as observações negativas sobre sua personalidade se dividem entre sua imagem de abutre capitalista (14%), rico elitista (13%), candidato fraco e propenso às gafes (11%) e a ideia de que suas políticas afetarão de maneira negativa a economia do país (10%).
"O estudo mostra que a imprensa apresenta aos eleitores uma história muito negativa tanto de Obama como de Romney", explica, por sua vez, o diretor adjunto do PEJ, Mark Jurkowitz.
Outra questão que salta aos olhos no estudo é o que não se fala na cobertura da corrida eleitoral em relação às supostas qualidades de Obama e Romney.
Sobre o atual presidente, apenas 3% das afirmações sobre sus características incluem a ideia de que se preocupa com o americano comum, algo que, no entanto, é um dos grandes temas de sua campanha.
Romney não está melhor neste sentido, já que a imprensa critica mais do que apoia uma das linhas centrais de sua mensagem, sua suposta capacidade de endireitar a economia dos Estados Unidos (10% contra, 8% a favor).
O estudo destaca, além disso, que a imprensa é cada vez menos uma fonte de difusão das qualidades e dos defeitos dos candidatos, papel cada vez mais desempenhado pelos aparatos da campanha.
De fato, desde 2000, o percentual de afirmações sobre os candidatos por parte dos jornalistas caiu pela metade (de 50 a 27%), enquanto o que a opinião pública recebe a partir de suas equipes de campanha e de seus aliados aumentou de 37 a 48%.
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