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Regina Sousa quer que literatura de cordel seja ensino obrigatório

Na última quarta-feira (19), a literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

A literatura de cordel pode se tornar tema obrigatório dos currículos da educação básica. É o que determina o projeto PLS 136/2018) apresentado pela senadora Regina Sousa (PT-PI). Na última quarta-feira (19), a literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título foi concedido por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

  • Foto: Reprodução/FacebookRegina Sousa.Senadora Regina Sousa.

Apesar de ter começado no Norte e no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. Hoje, circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos estes estados é possível encontrar esta expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas acerca dos acontecimentos vividos ou imaginados.

“O cangaço, a seca, o coronelismo político são temas recorrentes da literatura de cordel, que vem sendo cada vez mais estudada e venerada como gênero rico e de grande relevância para a constituição da identidade cultural brasileira. É difícil conhecer um brasileiro que não tenha tido contato com o cordel, em algum momento da vida”, diz Regina Sousa.

“Para mim estudar o cordel e repente na escola significa ter contato como o mundo da poesia a partir do cotidiano, com uma carga de significado que dificilmente outra forma literária tem no Brasil, especialmente no nosso Nordeste, onde o cordel é a porta de entrada para o mundo da literatura e pode ser o mote para criação de ato de leitura para milhões de brasileiros”, continua a senadora.

O projeto está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado e possui parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS). Se aprovado, poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.

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