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Polícia Federal prende presidente da CNI Robson Andrade

Além de Robson, outros dez suspeitos foram presos na Operação Fantoche, que investiga fraudes em convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Sebrae).

A Operação Fantoche, da Polícia Federal, prendeu temporariamente o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, na manhã desta terça-feira (19). Ele e outros dez suspeitos tiveram prisões autorizadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco.

  • Foto: Divulgação/Agência BrasilRobson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria.Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria.

De acordo com inquérito da Polícia Federal, Robson Andrade e outras dez pessoas são suspeitos de fraudar convênios do Ministério do Turismo com entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Sebrae).

Em nota divulgada à imprensa, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília. De acordo com a entidade ele está no local para prestar esclarecimentos. “A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades”, diz a nota.

Engenheiro mecânico, Andrade presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entre 2002 e 2010, quando assumiu seu primeiro mandato no comando da CNI, tendo sido reeleito em 2014 e em 2018.

A operação deflagrada pela PF esta manhã conta com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU). Ao todo, 213 policiais federais e oito auditores do TCU estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, da Paraíba, de Mato Grosso do Sul, Alagoas e no Distrito Federal.

Investigações

De acordo com a PF, o grupo atua desde 2002 e pode ter movimentado mais de R$ 400 milhões. O dinheiro era movimentado por meio de contratos e convênios que entidades de direito privado, sem fins lucrativos, assinavam com o Ministério do Turismo e com unidades do Sistema S. A maior parte dos contratos previa a execução de eventos culturais e de publicidade. Superfaturados, não eram integralmente executados e os valores desviados eram destinados a empresas controlados por uma mesma família – cujo nome não foi revelado.

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