“PMT deixou de repassar R$ 26 milhões”, diz empresário na CPI
Em seu depoimento à CPI do Transporte Público, o empresário Alberlan Sousa afirmou que a Prefeitura de Teresina deixou de repassar R$ 26 milhões ao sistema em 2021.
Na manhã desta terça-feira, 25 de maio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Público, instaurada na Câmara Municipal de Teresina, deu continuidade às oitivas ouvindo o depoimento de mais dois empresários do setor.
O primeiro a prestar depoimento foi o empresário Alberlan Euclides Sousa, representante da empresa Viação Piauiense, que afirmou que as operações do sistema de transporte público foram prejudicadas em 2021 devido a ausência dos repasses da Prefeitura de Teresina.
- Foto: Kelvyn Coutinho/Viagora
Empresário Alberlan Sousa presta depoimento na CPI do Transporte.
O empresário declarou que a administração municipal deveria ter repassado R$ 26 milhões às empresas do sistema de transporte público.
“O poder público não vai estar dando dinheiro para o empresário, esse dinheiro é para o povo, é para a população, para o usuário de ônibus. [...] A prefeitura deve, só nesse ano, R$ 26 milhões ao sistema. Se esse valor for pago, o sistema volta a operar, mas não com a frota toda, porque esse cálculo foi feito com a demanda baixa de passageiros”, comentou.
Segundo o empresário, a pandemia trouxe dificuldades nunca enfrentadas pelo setor de transporte e que não é possível prever até quando o sistema vai suportar sem o subsídio do poder público.
“O sistema sobrevive da demanda de passageiros e como todos sabem, como muita gente ainda está ficando em casa, a demanda está baixíssima. Não se sabe até quando o sistema vai suportar, é uma incógnita. Nunca na minha vida como empresário, passei por uma situação dessa, de dever salário de funcionário, isso é um absurdo”, declarou.
Alberlan disse ainda que, desde que ocorreu a licitação do transporte público em 2015, foram feitos acordos judiciais para o pagamento do subsídio.
“Com a gestão passada, foram feitos acordos para pagar. Existe uma conta criada pela prefeitura para regular o sistema. Infelizmente sempre atrasou. Foi criada pela prefeitura essa forma de remuneração. Quatro acordos com a empresa Piauiense. Cada acordo tinha um valor e era dividido em mensalidades. O quarto foi feito no meio da pandemia e seria de R$ 423.870,51. Mas se encontra pendente. [...] Fomos exigidos de cumprir todas as exigências do contrato. A única que não foi possível cumprir era o sistema de áudio nas estações e nos terminais de integração. O ônibus fica embarcando e desembarcando com motor ligado e o barulho é grande. O sistema não funcionou. Foi preferível colocar painéis eletrônicos. O resto tudo foi feito”, afirmou.
- Foto: Kelvyn Coutinho/Viagora
Hebert Campelo foi o segundo empresário a prestar depoimento na CPI nesta terça.
O segundo a prestar depoimento na CPI nesta terça foi o empresário Hebert Campelo, representante da empresa Emtracol. Segundo ele, todas as empresas precisaram fazer grandes investimentos para participar da licitação em 2015, no entanto, até hoje não houve retorno.
“Tivemos que investir muito para participar da licitação. Fizemos investimentos em adequação de ônibus, garagem, manutenção, tudo. As empresas tiveram que se adequar 100% para participar da licitação. O investimento foi muito grande. Para poder concorrer, tivemos que nos juntar em consórcio para participar”, argumentou.
Para o empresário, a prefeitura deixou de honrar com seus compromissos e o sistema de transporte público é sustentado pelas empresas.
“A prefeitura nunca pagou em dias. Tivemos que entrar na Justiça para a prefeitura ter que pagar o que deve. Sempre fizemos acordo perdendo dinheiro, e ainda para receber dividido. E nunca recebemos o do mês. As empresas bancam o sistema. Pagamos juros altos porque ninguém empresta dinheiro sem juros. Estamos com muita dificuldade”, completou.
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