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Técnicos do TSE apontam inconsistências nas contas de Bolsonaro

A equipe técnica encontrou 23 inconsistências na prestação de contas do presidente eleito, entregues por sua equipe na semana passada ao Tribunal.

Nessa segunda-feira (12), a área técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entregou ao ministro Luís Roberto Barroso uma análise que relata a existência de “inconsistências” na prestação de contas de campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

  • Foto: Adriano Machado/ReutersJair BolsonaroJair Bolsonaro

Na semana passada, a equipe do presidente eleito entregou ao TSE a prestação de contas. De acordo com a documentação entregue e o relatório disponível no sistema do TSE, Bolsonaro arrecadou R$ 4.377.640,36 em fundos e gastou R$ 2.812.442,38.

O ministro Barroso foi escolhido para ser o relator das contas, por isso foi contatado pela equipe técnica após constatação de 23 indícios de irregularidade, que envolvem impropriedades (erros formais ou dados inexatos) ou suspeitas de irregularidades na prestação, além da falta de documentos na documentação de Jair Bolsonaro.

Entre os problemas listados pela equipe técnica está o descumprimento de prazos para informe à Justiça Eleitoral de receitas e gastos, inconsistências entre dados informados pela campanha e aqueles registrados em órgãos oficiais e recebimento de doações de fontes vedadas.

Há, também, a afirmação de que a empresa AM4, maior fornecedora da campanha do presidente eleito, não teria autorização da Justiça Eleitoral para fazer arrecadação de doações pela internet, maior fonte de recursos da campanha de Bolsonaro.

De acordo com a assessoria técnica, foram aplicadas técnicas de cruzamento e confirmação de dados; análise documentos; exames de registros e correção das informações declaradas com outras declarações; além de informações voluntariamente enviadas à Justiça Eleitoral.

A área técnica pediu ao TSE, por exemplo, que notifique Bolsonaro a apresentar mais dados sobre gastos com serviço de mídia e de advocacia. Também afirmou que foram detectados gastos realizados antes da entrega da primeira prestação de contas não informados à época, o que contraria as normas do tribunal.

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