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“Teresina não suportaria municipalizar”, diz Raimundo Eugênio sobre transporte

Segundo o ex-procurador-geral, na gestão do ex-prefeito Firmino filho se chegou a conclusão de que os cofres da capital não teriam condições de suportar a municipalização do transporte.

Na manhã desta terça-feira (22), a Câmara Municipal de Teresina colheu novos depoimentos na CPI do Transporte Público com a participação de ex-procuradores do município e trabalhadores de empresas de ônibus.

De acordo com o ex-procurador-geral Raimundo Eugênio, a questão do transporte em Teresina é discutida desde a gestão do ex-prefeito Wall Ferraz e na gestão de Firmino Filho se chegou à conclusão de que a Prefeitura de Teresina não teria condições de municipalizar o transporte, visto que os cofres não aguentariam.

  • Foto: DivulgaçãoEx-procurador-geral do município, Raimundo EugênioEx-procurador-geral do município, Raimundo Eugênio

“Quando a Procuradoria assumiu a assessoria jurídica e foi provocada a participar dessas discussões com o setor empresarial, ela sempre ficava com o pé atrás, por determinação do senhor prefeito, pra que se chegasse a um ponto de discussão em que não houvesse acordo, sim, nós iríamos analisar até mesmo a forma de implantar o setor de transporte. Provas eu não tenho, mas existiam conversas. [...] Na inteligência do prefeito municipal da época, que entendida completamente, era um economista, ela desenhava que a implantação do transporte nunca ia ser suportada pelos cofres públicos de Teresina. O Município de Teresina nunca ia suportar municipalizar qualquer companhia de transporte, ia quebrar”, comenta.

Na oportunidade, o ex-procurador-geral do município afirmou que sem o subsídio a população não teria condições de pagar a passagem de ônibus, e que por isso o Setut sempre procurava a gestão para pedir o subsídio.

“A gente observa que a nossa população é quase 60% hipossuficiente, não tem condição de pagar uma passagem de R$ 6, R$ 7. Então, havia sempre a abordagem pelo setor de transporte”, destacou.

Ainda durante as oitivas a CPI ouviu o também ex-procurador-geral Ricardo Almeida e alguns trabalhadores de empresas de ônibus. A próxima sessão será realizada no dia 24, quando serão ouvidos o Setut e um empresário que prestou serviços no Timon City.

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