Promotora investiga médico por acúmulo de cargos públicos no Piauí
A portaria foi assinada pela promotora de Justiça, Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues Belo, e publicada no dia 15 de janeiro deste ano.O Ministério Público do Estado (MPPI) instaurou Procedimento Preparatório de Inquérito Civil para investigar suposta acumulação ilegal de cargos públicos pelo médico Joel Campos Neto. A portaria foi assinada pela promotora de Justiça, Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues Belo, e publicada no dia 15 de janeiro deste ano.
A representante do órgão ministerial narrou que o procedimento foi aberto após notícia acerca de suposta contratação irregular que ocorreu sem observar as disposições legais para a celebração de contratos com a Administração Pública.
De acordo com a portaria, o médico estaria trabalhando de forma concomitante em vários municípios, são eles: Colônia do Piauí, Paes Landim, São João da Varjota, São Miguel do Fidalgo, Santo Inácio do Piauí, Santa Rosa do Piauí e Teresina.
O MP fundamenta que o acúmulo de cargos é possível apenas quando houver compatibilidade de horários, com a observância de: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro de técnico ou científico; e c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. Além disso, a prática mencionada pode configurar ato de improbidade administrativa que pode gerar enriquecimento ilícito e prejuízo ao erário.
Em razão disso, o Ministério Público do Estado requer que o médico Joel Campos Neto pare, imediatamente, de acumular ilegalmente cargos públicos.
“Infringindo assim a regra constitucional prevista no art. 37, XVI, "c" da Constituição Federal, que excepciona a acumulação remunerada de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, visto que, conforme documentação colacionada aos autos houveram períodos em que o médico investigado acumulou vínculo com 07 (sete) municípios piauienses, sendo eles, Colônia do Piauí-PI, Paes Landim, São João da Varjota São Miguel do Fidalgo, Santo Inácio do Piauí, Santa Rosa do Piauí e Teresina”, pontua em trecho.
Ademais, o órgão ministerial fixou o prazo de 10 dias úteis, a contar do recebimento da notificação, para que o investigado se manifeste acerca da recomendação, devendo encaminhar à 2ª Promotoria de Justiça de Oeiras, as providências adotadas e a documentação hábil para comprovar o cumprimento.
A Fundação Municipal de Saúde de Teresina e a Secretaria de Administração do Estado do Piauí também devem ser comunicadas sobre o procedimento preparatório administrativo.
Outro lado
O Viagora procurou o médico para falar sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria ele não foi localizado. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.