Promotor investiga o não pagamento do piso dos fisioterapeutas no hospital de Água Branca
A portaria foi publicada no dia 02 de abril deste ano no Diário Oficial do Ministério Público do Estado.O promotor de justiça José William Pereira Luz instaurou procedimento administrativo para averiguar possíveis irregularidades na carga horária e do não pagamento do piso salarial dos fisioterapeutas do Hospital Municipal Senador Dirceu Mendes Arcoverde em Água Branca, administrado pelo prefeito Júnior Ribeiro. A portaria foi publicada no dia 02 de abril deste ano no Diário Oficial do Ministério Público do Estado.
A Ouvidoria do órgão ministerial recebeu a denúncia e encaminhou para Promotoria de Justiça de Água Branca que instaurou a notícia de fato.
Consta na portaria que o Departamento de Fiscalização do CREFITO-14 identificou irregularidades no serviço de fisioterapia do referido hospital, pois os profissionais contratados estariam trabalhando com carga horária superior a 30 horas semanais, o que viola a Lei Federal nº 8.856/94.
O promotor narra que a jornada de trabalho é considerada exaustiva, pois exige a presença ininterrupta de assistência fisioterapêutica, devido às escalas de sobreaviso no período noturno.
Além do suposto aumento da carga horária, também foi apurado que os fisioterapeutas da unidade não recebem o piso salarial estabelecido pela Lei nº 7.914/2022 do Governo do Estado do Piauí, que é de R$ 3.653,30 (três mil seiscentos e cinquenta e três reais e trinta centavos) mensais.
A promotoria também tomou conhecimento de que o município de Água Branca realizou concurso público que, inclusive, já foi homologado com quatro aprovados. Segundo o Ministério Público, para regular a jornada de trabalho no hospital os profissionais poderiam ter sido convocados.
Com o fim do prazo da notícia de fato e a necessidade de uma apuração mais detalhada, o promotor decidiu convertê-lo em procedimento administrativo.
O Ministério Público requer que o gestor do Hospital seja oficiado para que, no prazo de 10 (dez) dias úteis, apresente informações acerca das irregularidades identificadas referentes a carga horária e não pagamento do piso salarial.
Outro lado
O Viagora procurou o prefeito sobre o assunto, mas o gestor não atendeu as ligações.
O secretário de Comunicação do município Edras Gomes também foi procurado e informou que iria consultar o setor jurídcio sobre o caso e emitir esclarecimento, mas até o fechamento da matéria, ele não respondeu á reportagem.