Promotor expede recomendação ao prefeito de Barras para não promover políticos em evento
A recomendação também foi expedida em face da organização do evento “Barras 183 Anos” para que se abstenham de fazer promoção pessoal de agentes públicos no evento.O Ministério Público Eleitoral (MPE), através do promotor Glécio Paulino Setúbal da Cunha e Silva, expediu recomendação à Prefeitura de Barras, administrada por Edilson Sérvulo de Sousa, o Capote, e à organização do evento “Barras 183 Anos” para que se abstenham de fazer promoção pessoal de agentes públicos no evento.
Segundo a promotoria, não devem ser veiculados nomes, imagens ou voz de quaisquer pessoas, através de faixas, cartazes, fotografias, vídeos, gravações, enfim, quaisquer meios de divulgação que venham a ferir o princípio da impessoalidade, disposto no art. 37, caput, e seu parágrafo 1º da Constituição Federal, assim como, al. 36, §3º, da Lei Federal nº 9.504/97.
No evento também não pode haver discursos, de falas, de agradecimentos ou de exposições pessoais do prefeito, do vice-prefeito, de vereadores, deputados, de dirigentes de Partidos Políticos e/ou de candidatos.
Para evitar a exposição e promoção irregulares, o Ministério Público Eleitoral adverte que locutores, animadores, cantores, patrocinadores e demais participantes dos eventos, devem se abster de proferir citações, elogios e agradecimentos pessoais a candidatos, dirigentes de Partidos Políticos ou agentes públicos.
De acordo com o promotor, se a legislação eleitoral não for cumprida, a prática pode configurar em abuso de poder econômico ou político, pois o evento seria utilizado de forma ilegal para promover candidatos ou partidos. O MPE pontuou que pode sujeitar o responsável ou beneficiário à cassação do registro ou diploma, além de inelegibilidade para as eleições que ocorrerem nos 8 anos subsequentes, conforme o artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar nº 64/90. Além disso, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Comarca também poderá ser acionada.
Outro lado
O Viagora procurou o prefeto de Barras sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria o gestor não atendeu as ligações.