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UESPI, UFPI e SESAPI iniciam estudo sobre uso medicinal da maconha

Reitores e governo do Estado começam estudo, visando abrir Centro de Pesquisa

Cannabis Sativa, popularmente conhecida como Maconha, é uma planta que gera sempre polêmicas. Desde a década de 60, pesquisadores brasileiros e americanos permitiram avanços científicos que apontaram substâncias da erva como fortes aliadas no tratamento medicinal de várias doenças e estão mudando essa realidade. No Brasil, em 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permitiu tratamentos com substâncias psicotrópicas como os Canabinoides.    

Partindo disso, a Universidade Federal do Piauí (UFPI), junto a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (SESAPI), trabalham em conjunto para realizar avanços em pesquisas de medicamentos do Cannabidiol, uma das substancias encontrada na planta. Na última quinta-feira (09), aconteceu o I Simpósio Sobre Uso Medicinal dos Canabinoides promovido pelo Governo do Estado do Piauí em parceria com a UFPI, UESPI e SESAPI. 

No evento foram assinados convênios com o propósito de cooperação para o estudo de um dos compostos da planta, Canabinoides. Dependendo dos resultados que devem ser obtidos com o estudo, poderá ocorrer, futuramente, a implantação de um centro de pesquisa, inovação e divulgação da substância no estado.

“A Universidade tem o papel de contribuir para o desenvolvimento de nossa região e a UFPI tem cumprido esse papel com destaque. Com respeito à pesquisa do cannabidiol, poderemos colaborar no controle de qualidade com nossos laboratórios de Química e da Farmácia Escola além de realizamos diversas pesquisas para o seu desenvolvimento e uso”, destacou o reitor da UFPI, José Arimatéia.

  • Foto: DivulgaçãoWellington assina convênio com Universidades, Federal e Estadual, do Piauí.Wellington assina convênio com Universidades, Federal e Estadual, do Piauí.

O Governador do Piauí, Wellington Dias (PT) relatou a sua experiência e as dificuldades de conseguir fazer o uso medicinal da substancia com sua filha e garantiu que “faremos todo o esforço para garantir os avanços na pesquisa e a difusão de debates para aspectos legais do uso medicinal dessa substância e de outras no país”.

O Reitor da UESPI, Prof. Dr. Nouga Cardoso, agradeceu ao corpo de pesquisadores da UESPI que contribuíram para o amadurecimento da ideia de trabalhar com o Cannabidiol.

“O Simpósio propôs o primeiro passo para o esclarecimento de medicamentos à base de Cannabidiol e dessa forma estimular o desenvolvimento de pesquisas multiprofissionais no Piauí”, afirmou.

 Primeiro uso de cannabidiol em seres humanos

Em um estudo realizado na Escola Paulista de Medicina, Cunha et al. (1980) avaliaram o efeito do cannabidiol em 15 indivíduos com diagnóstico de epilepsia focal temporal com generalização secundária. Durante 4 meses, 8 destes receberam 200 a 300 mg de cannabidiol e os outros receberam placebo. Quatro dos indivíduos que receberam cannabidiol ficaram livres de crises, 3 melhoraram e em 1 a substância não modificou as crises epilépticas. Os 7 indivíduos que receberam placebo ficaram com suas crises inalteradas.

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