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Expulsão do Capitão Wattson deve ser decidida pela PM em fevereiro

O processo administrativo foi aberto no início do mês de novembro, mas ficou prejudicado pelo recesso forense.

O crime cometido pelo Capitão Allisson Wattson, no final do mês de outubro de 2017, gerou grande comoção popular. Ele matou e escondeu o corpo da namorada, Camila Abreu. Apesar de estar preso, familiares da jovem e a população clamam por sua expulsão da Polícia Militar. Porém, o desfecho dessa história só deve acontecer no início do mês de fevereiro, quarto mês após o crime.

O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto, informou ao  Viagora que o processo administrativo aberto contra o Capitão Wattson, no mês de novembro, ainda não foi concluído e a previsão é para a segunda semana de fevereiro, quando acaba o prazo máximo de 60 dias, que foi interrompido pelo recesso do Judiciário. 

  • Foto: Isabela de Meneses/ViagoraComandante-Geral da Polícia Militar Coronel Carlos AugustoComandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Carlos Augusto

“Nós estamos até o dia 20, no recesso do judiciário e da OAB, nós estamos aguardando terminar o prazo para continuar [ o processo]. Eu acredito que até dia 10 de fevereiro está tudo concluso. Os advogados é que ficam protelando, mas não conseguem protelar além desse prazo não. Está perto”, disse o coronel.

Fato curioso

No último dia 26 de dezembro, o soldado Aldo Luís Barbosa Dornel provocou a morte de uma criança de 9 anos, durante uma abordagem mal sucedida na Avenida João XXIII. Ele e o cabo F. Alves foram presos horas após o ocorrido. Ficou constatado que o autor dos disparos que atingiu a garota foi o soldado Dornel.

No dia 11 de janeiro, menos de um mês após o crime, o soldado foi exonerado do cargo e aguarda transferência para um presídio comum no estado. O julgamento desse caso não foi interrompido pelo recesso forense. 

Homicídio de Camila Abreu

A estudante de Direito Camilla Abreu foi morta pelo namorado entre a noite do dia 25 de outubro e a madrugada do dia 26. O caso foi registrado primeiramente como desaparecimento, mas o assassinato foi confirmado no dia 31, depois que a Delegacia de Homicídios assumiu a investigação do caso.

No mesmo dia, o capitão Wattson foi preso e confessou onde havia jogado o corpo da jovem: em um matagal no povoado Mucuim, zona rural leste de Teresina.

Em seu depoimento à polícia, o militar disse que o tiro na namorada foi acidental. Versão contestada pela polícia, já que o capitão se desfez do corpo, em vez de prestar socorro à vítima.

Allisson Wattson está recolhido no presídio militar do estado desde o dia 31 de outubro. A polícia já deu cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra ele, que deve permanecer preso até segunda decisão.

A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia do Ministério Público contra o capitão por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

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