Vereador Dudu critica Firmino Filho por fazer contrato sem licitação
A Câmara Municipal de Teresina negou solicitação do vereador Dudu (PT) que pedia informações sobre licitação feita pelo prefeito da capital.
A Câmara Municipal de Teresina rejeitou, com 20 votos contrários e cinco favoráveis, o requerimento do vereador Dudu (PT) solicitando informações sobre uma licitação feita pelo prefeito Firmino Filho. O parlamentar fez duras criticas ao contrato sem licitação feito pelo gestor da capital.
Dudu alega que a base do prefeito esconde irregularidades em transação financeira pelo Instituto de Previdência da capital (IPMT).
- Foto: Ascom, Isabela de Meneses/ViagoraVereador Dudu pedia informações sobre licitação de Firmino.
De acordo com o vereador, o requerimento solicitava transparência e informações do processo de contratação, sem licitação, no valor de R$ 3 milhões e 700 mil reais, de um instituto localizado na cidade de Santos, litoral de São Paulo, que realiza o recadastramento dos servidores municipais pelo IPMT.
Os únicos vereadores a votar a favor do pedido foram Deolindo Moura (PT), Joaquim do Arroz (PRP), Major Paulo Roberto (SD), Professor Zé Nito (PMDB) e o próprio Dudu.
- Foto: AscomCâmara Municipal de Teresina rejeita requerimento de vereador do PT.
O requerimento solicitava que a Secretaria de Finanças, Secretaria de Administração e IPMT prestassem mais esclarecimentos sobre a transação e, junto com essas informações, fosse listado os nomes dos gestores do instituto que participaram da seleção e aprovação dessa empresa para realizar o processo.
“O modo como foi contratada essa empresa para realizar esse recadastramento, sem licitação, e por um valor superior a R$ 3 milhões de reais é uma questão grave e merece ser investigada. Busquei informações sobre essa empresa que prestou esse serviço e vimos algumas questões nebulosas. A empresa foi reconhecida como de utilidade pública apenas em outubro do ano passado e já em dezembro realizou esse trabalho, sem passar por nenhum processo de licitação”, reclama o vereador.
Dudu diz que buscou informações sobre a atuação da empresa junto aos órgãos competentes no estado de São Paulo. “Em Santos, cidade sede da empresa, não há nenhum registro de atuação da mesma, muito menos nesse setor. O que nós queremos saber é como foi realizado esse contrato, quem foi atrás dessa empresa e por que não realizar esse levantamento com empresas do nosso estado, o que geraria menos gastos e mais transparência. É uma questão grave, gravíssima, que precisa da nossa atenção”, ressaltou.
O vereador pretende agora acionar os órgãos de controle estaduais e nacionais e critica que a CMT estaria “abrindo mão do seu papel principal que é de fiscalizar”.
“Vamos acionar o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Ministério Público e também o Tribunal de Contas da União (TCU) para que essas incoerências nessas transações financeiras sejam esclarecidas. Recebemos diversas reclamações de servidores por falta de atendimento e por atrasos de pagamento que deveriam ser realizados pelo IPMT e enquanto isso o Instituto gasta mal o dinheiro que é de todos e que deveria servir para prestar um serviço digno aos servidores”, finalizou.
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