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Empresários fazem protesto pela reabertura do comércio em Teresina

Os empresários afirmam que o governo não possui um plano para a retomada das atividades econômicas no estado.

  • Lucas Marcos/ Viagora Manifestação dos empresários no Centro de Teresina 1 / 5 Manifestação dos empresários no Centro de Teresina
  • Luís Marcos/Viagora Manifestação no Centro de Teresina 2 / 5 Manifestação no Centro de Teresina
  • Luís Marcos/Viagora Empresário Valdeci Cavalcante 3 / 5 Empresário Valdeci Cavalcante
  • Luís Marcos/Viagora Empresário e presidente da Ciepi Andrade Júnior 4 / 5 Empresário e presidente da Ciepi Andrade Júnior
  • Luís Marcos/Viagora Empresário na prefeitura de Teresina durante protesto 5 / 5 Empresário na prefeitura de Teresina durante protesto

Na manhã desta quinta-feira (28), empresários e trabalhadores representados pela  Federação do Comércio do Estado do Piauí (Fecomércio) e do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (Ciepi), realizaram uma manifestação em frente à prefeitura de Teresina, no Centro da capital, pela retomada das atividades econômicas no estado.

Para o Viagora, o presidente do Ciepi, Andrade Júnior, relata que os empresários seguiram as recomendações dos decretos de isolamento nos primeiros 30 dias, mas que com o passar do tempo começaram a perceber que o governo não possuía um plano para a retomada da economia, o  que tem prejudicado muitas empresas.

“A gente quer que com essa manifestação singela seja levada a mensagem a sociedade, apesar dos meios de Comunicação não divulgarem essa nossa insatisfação, parece até que nós estamos acomodados, que estamos concordando. Concordando sim com o isolamento durante os primeiros 30 dias, depois daí começamos a perceber que o governo não tem plano, eles não tem um horizonte de quando essa paralização das atividades[...] Não aguentamos mais, os danos são incalculáveis”, explica o presidente do Ciepi, Andrade Júnior.

A empresária do ramo da beleza, Fátima Alves, relata que os prejuízos nos salões de cabeleireiros são incalculáveis e comenta que com as medidas de isolamento muito trabalhadores da área se veem obrigados a  atender em domicílio, o que aumenta ainda mais os riscos de contaminação.

 “Nós estamos parados deste o dia 20 de março. Os prejuízos são enormes, incalculáveis. Sem contar nos prejuízos financeiros, tem o emocional, tem a questão da dignidade, que o trabalho dignifica. E entendo que se colocou de uma forma muito injusta, porque deveria ser feita alguma coisa para se abrir com agendamento, atendendo poucas pessoas, com todos os cuidados. Ou seja, o que acontece, eles estão forçando muita gente a atender na clandestinidade, muita gente indo atender em domicílio, o que é muito mais perigoso. As empresas todas fechadas, ninguém tem mais caixa, a gente não consegue mais dormir de noite, a gente não sabe mais o que vai ser”, relata a empresária.

Na avaliação do presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante, se tem visto um aumento na pandemia, mesmo com os decretos de isolamento. Ele afirma que a crise sanitária deve durar ainda dois anos e questiona a situação em que se encontram as empresas e os trabalhadores.

“Decorridos mais de 100 dias, o quê que nós temos? O aumento da pandemia, o aumento de vítimas, de infectados. Essa pandemia vai demorar pelo menos dois anos até que tenhamos uma vacina e nós vamos ficar dois anos isolados? E a economia? Os empregos, as vidas das pessoas? Quando você perde o emprego você está condenado à fome [..] A pandemia deve ser tratada na faixa sanitária, econômica e social”, comenta o empresário.

Ainda segundo Valdeci Cavalcante, alguns protocolos de segurança para a retomada das atividades no estados foram enviados à prefeitura de Teresina, mas o empresário afirma que o prefeito Firmino Filho não tem atendido às propostas da categoria. “O Sesc/Senac e a Fecomércio já apresentaram protocolos, sindicato das Contrução Civil já apresentou protocolo, Federação das Indústrias também, só que o prefeito só confia em um grupo de cientistas, entre aspas, que pensa igualmente a ele” finaliza.

De acordo com o Governo do Piauí, as atividades econômicas no estado serão retomadas de forma gradual e segmentada com base na taxa de propagação da doença.

Segundo o Estado, as pessoas do grupo de risco não serão liberadas nesse primeiro momento e as empresas que forem reabrir devem seguir os protocolos de Saúde.

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