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Setut quer reestruturação do transporte público em Teresina

Durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (07), a entidade afirmou que apresentou um programa de reestruturação do sistema à prefeitura da capital.

Na manhã desta segunda-feira (07), durante entrevista coletiva, representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) apresentaram um programa de reestruturação do transporte público da capital piauiense.

O presidente da Associação Nacional das Empresas de Transporte Público (NTU), Otávio Cunha, afirmou que o novo modelo deve regulamentar tarifas com preços justos para os usuários e que servirão para cobrir custos do sistema.

  • Foto: Luis Marcos/ViagoraÔnibus Circulando em TeresinaRepresentantes do Setut querem reestruturação do transporte público em Teresina.

Durante a coletiva, o presidente da NTU afirmou que a capital piauiense vive a pior crise nos últimos 20 anos. Otávio Cunha chegou a citar exemplos de outras capitais do Brasil e ressaltou que o poder público deve entrar com uma ajuda emergencial para a continuidade dos serviços.

De acordo com a consultora técnica do Setut, Myrian Aguiar, a crise no transporte público de Teresina, potencializada pela pandemia, foi iniciada ainda em anos anteriores. Um dos fatores apontados pelo sindicato foi a queda no número de passageiros transportados e o aumento das gratuidades concedidas.

  • Foto: Luís Marcos/ViagoraSETUTSede do Setut, no Centro de Teresina.

O Setut apontou ainda como a falta de capacitação técnica do órgão gestor do sistema, a Superintendência de Transporte e Trânsito (Strans), como um dos fatores que potencializaram a crise.

Segundo a consultora Myrian, as novas propostas já foram enviadas à Prefeitura de Teresina, mas até o momento não obtiveram um posicionamento. Ela ressaltou a falta de diálogo entre a gestão de Teresina e os empresários.

Empresários apontam dívida de R$ 52 milhões da Prefeitura

Os representantes do Setut voltaram a afirmar que a Prefeitura de Teresina possui um débito de milhões de reais devido à ausência do repasse do subsídio. De acordo com o relatório apresentado pelos empresários, a dívida ultrapassa os R$ 52 milhões.

A dívida seria referente aos R$ 21 milhões do acordo relacionado ao período entre os meses de março a outubro de 2020, assim como um débito de R$ 31 milhões, relacionado aos subsídios do período de novembro de 2020 a abril de 2021. A entidade voltou a afirmar que a nova gestão do Palácio da Cidade não teria realizado os repasses desde que assumiu o mandato.

A consultora Myrian Rios destacou que, para calcular os débitos relacionados aos subsídios, os empresários utilizaram a mesma metodologia utilizada pela PMT.

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