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Allisson Wattson afirma que morte de Camilla Abreu foi acidental

Durante o julgamento, o acusado relatou que o disparo de arma de fogo, que atingiu Camilla, sua namorada na época, aconteceu de forma acidental.

Nesta sexta-feira (24), acontece desde ás 8h o julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, do ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson acusado de matar a estudante de direito Camilla Abreu em Teresina, no dia 26 de outubro de 2017.

Durante o julgamento, o acusado relatou que o disparo de arma de fogo, que atingiu Camilla, sua namorada na época, aconteceu de forma acidental no Povoado Mucuim, próximo a BR-343.

Questionado, pela juíza Maria Zilnar Coutinho Leal sobre o que ocorreu no dia do crime, Allisson Wattson disse que tinha ido deixar a estudante na faculdade, para fazer uma prova e, depois ambos combinaram com amigos para saírem, irem a um bar.

  • Foto: DivulgaçãoAllisson e CamilaAllisson e Camila

Conforme o acusado, após saírem do bar, o ex-militar foi deixar amigos da sua namorada e também a estudante nas suas casas.

“Fui deixar a Camilla na casa dela e ela disse que não queria ficar lá e então passamos pelo Todos os Santos, para chegar no Alto da Ressureição, aí no meio do caminho, a Camilla disse queria ter uma relação diferente e eu disse que não iria parar por lá, porque é um lugar que conheço, é muito perigoso, é uma ‘área quente’, um termo policial que refere a ter muitos assaltos. Então, Camilla disse para gente ir até o Povoado Mucuim, que é um local onde não tem movimento de nada”, relatou  Allisson.

No julgamento Allisson contou que eles tiveram uma discussão e, segundo o ex-capitão, a estudante conseguiu pegar a arma de fogo dele, o que deu início a uma luta corporal entre os dois e logo em seguida, ocorreu um disparo de arma de fogo.

“Descemos do meu carro para namorar e acabamos discutindo um assunto que não me agradou e retornei ao carro para vestir minha roupa. No momento que eu estava colocando minha camisa, ela pegou a minha arma. A minha arma sempre andava engatilhada porque já é costume de policial, pois pode atirar a qualquer momento e eu tentei dar a volta no carro tentando conversar com ela, porque a arma é muito sensível, conversava com Camilla para tirar a arma da mão dela, segurei os braços dela, porque ela estava alterada, não sei se por causa da bebida e em um movimento, a arma disparou", disse o acusado.

Ele complementou o relato e afirmou: "Estava muito escuro e eu fui tentar ligar a luz do carro e quando vi, o disparo atingiu a cabeça, tinha muito sangue. Desse momento para frente, eu perdi a razão e tive um choque muito grande”, disse o ex-capitão.

O Conselho de Sentença vai decidir ao final do julgamento se Allisson Wattson é culpado ou não pela morte da estudante.

Caso ele seja condenado, o juiz que presidirá o julgamento será o responsável pela dosimetria da pena.

Segundo o pai da vítima, Jean Carlos, a família deseja que o acusado pegue pena máxima. “Esperamos que ele seja julgado, condenado e pegue pena máxima". 

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