Professores da rede municipal de Teresina iniciam greve
Na manhã desta segunda-feira (02), os professores fizeram um protesto na frente da Semec no Centro de Teresina.
Professores da rede municipal de Teresina iniciaram, na manhã desta segunda-feira (02), greve por tempo indeterminado reivindicando melhores condições de trabalho e a negociação de uma dívida da prefeitura de Teresina, relacionado ao pagamento do reajuste do Piso Nacional da Educação Básica referentes aos anos de 2022 e 2023. O protesto acontece na frente da sede da Semec, localizada no Centro de Teresina, e reúne representantes da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, foi determinado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) que essa dívida deve ser reconhecida pela prefeitura, porém isso nunca aconteceu, mesmo após quatro paralisações.
“A prefeitura fica tentando enrolar. Saiu um acordão determinando que a prefeitura reconheça a dívida, e nunca, já fizemos quatro paralizações de 24 horas de advertência e a prefeitura não chega nem a reconhecer, chamar para negociar o pagamento dessa dívida de 2022 com repercussão em 2023. Nós não estamos chutando a porta, nós queremos que negociem, porque eles não pagaram e o TCE diz que tem sim que reconhecer o passivo da dívida de 2022, esses são os principais motivos”, ressalta.
Os professores da Rede Municipal de Educação da capital reivindicam o pagamento do reajuste de 17% do piso salarial do magistério, do passivo trabalhista referente ao ano de 2022, e de 15%, referente a atualização de 2023. Além disso, o Sindserm afirma que a greve também denuncia desvios de recursos públicos na gestão do prefeito Dr. Pessoa, além de irregularidades por parte do secretário de Educação, Nouga Cardoso
Segundo a professora da rede municipal, Joana Pereira, um dos objetivos é o diálogo com a Semec. “A gente buscou, enquanto categoria, o diálogo com a Semec, e nunca houve esse diálogo. Não é uma luta só por salário, é condições de trabalho. Tem muitas escolas e a maioria delas não tem estrutura pra trabalhar, não tem ar-condicionado, não tem bebedouro, aí você imagina a temperatura que nós estamos enfrentando”, disse a professora.
Conforme a professora, os pais dos alunos sabem da falta de estrutura e de condições salubres nas escolas. “Os pais sabem da falta da estrutura, você vai pra educação infantil tem uma professora pra cuidar de 25 crianças, existe aprendizado? Não. Então é por isso que nós estamos lutando aqui pelos nossos direitos e os direitos das crianças também”, completou.
Ainda segundo Joana Pereira, os pagamentos estão sendo atrasados. “Os pagamentos estão sendo atrasados, a SEMEC coloca na nota de repúdio que segundo a CLT, e nós não somos regidos pela CLT. Nós somos funcionários públicos municipais, nós temos leis, estatuto, e não somos regidos pela CLT. Então quando nós programamos algo, nós programamos para o ano, pagamento de cartão, de contas, então tem uma data de pagamento e se ele resolve por conta própria alterar isso vai prejudicar nossa vida financeira, pois vai haver atraso no cartão, vai ter atraso nos nossos boletos. Então nós temos que fazer algo, encerra.
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