Veja os detalhes da Operação Grima da Polícia Federal em Teresina
A operação da Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nos municípios do Piauí, Maranhão e Ceará.
O delegado de Polícia Federal (PF), Marco Antônio Nunes, comentou mais detalhes acerca da Operação Grima nesta quinta-feira (14), que constatou prejuízo de R$ 200 milhões diante de crimes tributários e fraudes em licitação. A ação cumpriu mandados de busca e apreensão nos municípios do Piauí, Maranhão e Ceará.
Segundo a PF, as investigações complexas foram realizadas com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), chegando à atuação de dois escritórios que faziam falsificação de documentos.
![Delegado, Marco Antônio Nunes](/media/images/2023/12/14/delegado-marco-antonio-nunes.jpeg.950x0_q95_crop.webp)
“A Operação Grima deflagrada na manhã de hoje, em conjunto com o Ministério Público Federal e a CGU, visou descortinar dois escritórios de advocacia, que através de licitação direcionada para alguns municípios do Piauí, Maranhão e Ceará, visavam fazer a falsificação de documentos e criar créditos indevidamente para esses municípios”, informou.
Ao total, foram sete mandados de busca e apreensão, um na cidade de Mundaú no Ceará e seis na cidade de Teresina, no Piauí. De acordo com o delegado Marcos Antônio, as apurações da PF constataram a dinâmica do crime que fraudava o levantamento de créditos previdenciários.
“Os escritórios de advocacia buscavam os municípios e informavam que existia uma forma de aumentarem o crédito ou diminuírem a dívida do valor do repasse para a União. Então, os municípios direcionavam a licitação para contratar esse escritório de advocacia e eles fraudavam, falsificavam, o documento para apresentar a Receita Federal”, complementou.
Mais de 80 municípios estão envolvidos no processo ilegal e acabavam beneficiando os escritórios com licitações. “A Receita Federal constatava o documento e dizia, de imediato, que o município não precisava repassar valor X. O valor que não era repassado pelo município era contabilizado para honorários de êxito do escritório de advocacia e assim eles fizeram com mais de 80 municípios”, explicou.
Além causar rombo aos cofres públicos, o delegado da PF afirmou que os investigados são acusados de corrupção passiva, ativa e até desvio de recursos públicos.
“Preliminarmente constatamos um prejuízo de mais de 200 milhões de reais na falsificação da documentação desses mais de 80 municípios por esses dois escritórios. Vários são os crimes investigados dentre eles fraude de licitação, crimes tributários, desvio de recursos públicos, corrupção passiva, ativa e quem sabe formação de organização criminosa”, pontuou.
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