Sílvio Mendes e engenheiro Santana discutem sobre transporte público de Teresina
A reunião aconteceu nesta sexta-feira (08) e o engenheiro destacou os passos viáveis para a restauração do sistema de transporte público da Capital.
Em meio aos desafios enfrentados no transporte público de Teresina, o prefeito eleito Sílvio Mendes se reuniu nesta sexta-feira (08) com o engenheiro Antônio Santana para adiantar as discussões sobre soluções viáveis visando aprimorar a mobilidade urbana na Capital.
O futuro gestor afirmou que é necessário fazer um diagnóstico da situação em que Teresina se encontra, visando a construção de um planejamento que possa reverter essa crise.
“Santana é especialista em trânsito, é piauiense, mas tem uma empresa grande em São Paulo. O BNDES tem uma preocupação social muito grande, considerando o conflito que existe em cada município, principalmente nas regiões acima de 13 mil habitantes, e está financiando em 21 regiões metropolitanas, com mais de 1 milhão para poder fazer o diagnóstico e apontar soluções possíveis para cada região metropolitana. E Santana está aqui, revisitando, ele fez o nosso plano de diretor lá em 2008”, explicou Santana.
O engenheiro foi enfático ao declarar que o sistema de transporte coletivo na Capital é praticamente inexistente, tendo em vista sua ineficácia. Santana pontuou ainda que a população encontra diariamente meios alternativos para se locomover, o que contribuiu para diminuir a demanda do setor.
“Teresina, na leitura que a gente está fazendo no Brasil inteiro nas vinte e uma regiões com mais de um milhão de habitantes, é a região metropolitana que praticamente acabou com o sistema de transporte coletivo e evidentemente acabou com a demanda também porque a população se vira para chegar no seu trabalho, para chegar no posto de saúde. Então, a cidade de Teresina precisaria ter uns quinhentos ônibus operando, mas só tem duzentos e vinte. Uma situação totalmente horrível”, explicou.
O especialista também comentou sobre os passos necessários em busca de enfrentar esse desafio, um deles é redesenhar o sistema e buscar financiamento, pois a prefeitura não conseguirá arcar com os custos sozinha.
“Como vamos sair dessa sinuca de bico? É um trabalho que não é imediato. O Sílvio não vai, como um passe de mágica, resolver toda essa questão. É um esforço durante a administração toda, para reorganizar o sistema, redesenhá-lo, colocar muito mais ônibus operando. Isso é caro, só com arrecadação tarifária é impossível sustentar um sistema desse, uma prefeitura que nem Teresina, que não é rica, é muito difícil”, afirmou.
De acordo com o engenheiro, equacionar as dívidas também faz parte do processo de restauração da eficiência desse transporte público.
“Eu já falei para o Sílvio: você pegou um problema muito sério. A ausência do poder público nos últimos quatro anos levou esse sistema a uma situação moribunda. É como se estivesse na UTI. Reconstruir isso é uma tarefa que passa por melhorar a gestão da prefeitura, da STRANS, passa por equacionar toda a situação de dívidas, de situação com as empresas, passa por redesenhar toda a rede de transporte, passa também por buscar cursos que a Prefeitura sozinha não consegue. Esse grande projeto do BNDES que a gente está fazendo é uma preocupação nacional porque tem outras capitais também passando por um momento muito difícil no transporte público”, complementou.
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