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Ex-vereador é condenado a 24 anos de prisão por matar e ocultar corpo de mulher no Piauí

O julgamento aconteceu nessa terça-feira (14) em sessão presidida pelo juiz José Carlos da Fonseca Lima Amorim.

O ex-vereador Francisco das Chagas Ferreira foi condenado a 24 anos e nove meses de reclusão,11 onze meses e 10 dias de detenção por matar sua ex-companheira e ocultar o cadáver em Floriano. O julgamento aconteceu nessa terça-feira (14) em sessão presidida pelo juiz José Carlos da Fonseca Lima Amorim no Tribunal do Júri da Comarca de Floriano.

Também foi determinado o pagamento de 236 dias-multa, no equivalente a 01 salário mínimo vigente ao tempo do fato delituoso, dezembro de 2020.

O réu é acusado de cometer os crimes de homicídio, qualificado pelo feminicídio e o crime de ocultação de cadáver. A prisão preventiva do réu foi mantida e os julgadores negaram o direito de recorrer em liberdade.

Relembre o caso

Na noite do dia 28 de dezembro de 2020, a vítima saiu de casa, em Nazaré do Piauí, com os filhos para fazer compras em Floriano. Ela deixou as crianças, uma de 12 anos e outro de 04 anos, na cada de sua tia e depois durante o trajeto recebeu carona do acusado.

A mulher não retornou para casa desde então e também não se comunicou com familiares para saber sobre seus filhos. Logo, foram até a delegacia notificar seu desaparecimento.

Foto: Divulgação/WhatsAppRenata Pereira da Costa.
Ex-vereador é condenado a 24 anos de prisão por matar e ocultar corpo de ex-mulher

Em 24 de janeiro de 2021, a polícia de Floriano recebeu a informação de que uma ossada humana havia sido encontrada debaixo de uma árvore dentro de uma propriedade na localidade Alecrim. 

O exame do laudo pericial constatou que o crânio apresentava traço de fratura na região temporal esquerda e o teste de DNA confirmou que os fragmentos eram da ex-companheira do acusado.

Durante as investigações, foi apurado que o homem ofereceu carona à vítima e durante o trajeto lhe atacou com objeto contundente, logo depois dirigiu até Itaueira-PI para ocultar o cadáver. 

Nas diligências e ouvindo testemunhas, ficou comprovado que  a vítima e o denunciado mantiveram união estável por sete anos, gerando um filho, atualmente com 04 anos de idade. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o casal tinha um relacionamento conturbado, pois ele a agredia bastante, tinha muito ciúmes e mantinha controle sobre ela. O ex-vereador já chegou a proibi-la de manter contato com seus familiares e, mesmo depois de separados, frequentava os mesmos lugares que a mulher para observá-la.

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