Promotor Maurício Verdejo é afastado pela Corregedoria Nacional do Ministério Público
A decisão foi proferida nessa quinta-feira (08) após determinação do corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa.
O promotor de justiça Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, investigado na Operação Iscariotes da Polícia Federal, foi afastado, por 90 dias das suas funções, após determinação do corregedor nacional do Ministério Público, conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa. A decisão foi expedida nessa quinta-feira (08).
De acordo com o órgão ministerial, o promotor, suspeito de receber vantagem indevida para arquivar investigação, também está impedido de acessar, até outra deliberação, os prédios e instalações do MPPI, exceto para participação em atos instrutórios determinados pela Procuradoria-Geral de Justiça ou pela Corregedoria-Geral.
A decisão foi obtida após o Conselho Nacional do Ministério Público instaurar reclamação disciplinar contra o promotor de Justiça.
Segundo o Ministério Público, a Corregedoria-Geral ficará responsável pela correição extraordinária na Promotoria de Justiça titularizada pelo promotor investigado, bem como em outras promotorias que tenha oficiado ao longo dos últimos anos.
“Todas as medidas constantes na decisão do CNMP foram prontamente cumpridas pelo MPPI, sem prejuízo das investigações criminais já em curso no âmbito desta instituição. O MPPI reafirma o compromisso com a aplicação da lei, o esclarecimento dos fatos e a apuração de responsabilidades”, enfatiza o órgão ministerial.
Entenda o caso
O promotor de justiça é investigado na Operação Iscariotes da Polícia Federal, deflagrada na manhã dessa quarta-feira (07), em Teresina. O membro do Ministério Público do Piauí é suspeito de exigir a um empresário vantagem indevida no valor de R$ 3 milhões para arquivar procedimento investigatório criminal (PIC).
De acordo com a PF, a vítima denunciou que havia sido abordada pelo promotor de justiça em um restaurante, no qual ele teria estipulado prazo de poucos dias para que fosse pago uma expressiva quantia em troca do arquivamento da investigação.
Outro lado
O Viagora procurou o promotor Maurício Verdejo Gonçalves Junior sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria o membro do Ministério Público não foi localizado. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
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