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Sesapi emite orientações após caso de raiva humana registrado no Piauí

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), a transmissão ocorreu após o ataque de um macaco sagui.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) emitiu orientações após um caso de raiva humana confirmado na última sexta-feira, 30 de agosto, na zona rural de Piripiri. 

De acordo com a Sesapi, a transmissão ocorreu após o ataque de um macaco sagui. Embora o incidente tenha gerado preocupação, às autoridades de saúde garantem que não há motivo para pânico, desde que as orientações preventivas sejam seguidas rigorosamente. Este é o primeiro caso da doença no estado desde 2013, quando as ocorrências foram registradas nas cidades de Pio IX e Parnaíba.

A raiva é uma doença viral grave que afeta mamíferos, incluindo seres humanos, e é transmitida principalmente pela mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados. A Sesapi alerta que, em casos de acidentes com animais silvestres, como o ocorrido em Piripiri, ou com cães e gatos, é crucial buscar atendimento médico imediatamente. Meirilane Veloso, gerente de Vigilância em Saúde da Sesapi, orienta que, ao ser atacado por um animal, a vítima deve lavar o ferimento com água e sabão, aplicar um produto antisséptico e procurar ajuda médica sem demora.

"Devemos observar o comportamento desses animais. Se identificarmos algum morto próximo a nossa casa, os serviços de saúde devem ser acionados, como zoonoses e vigilância ambiental, para serem recolhidos e coletadas as amostras", destacou Meirilane Veloso.

A pasta informou que a vacinação anual de cães e gatos é a medida mais eficaz para prevenir a raiva nesses animais e, consequentemente, evitar a transmissão para humanos. A técnica da Sesapi reforça que a vacina não só protege os animais domésticos como também contribui para impedir o avanço da raiva em humanos. Ela aconselha a população a manter distância de animais silvestres e a evitar contato direto, especialmente com morcegos e outros animais que possam estar caídos no chão ou em situações anômalas.

"Essa vacina ajuda a proteger que nossos animais domésticos, cães e gatos, adoeçam por raiva animal. Em relação aos animais silvestres, não existe ainda vacinação, por isso, é importante manter o distanciamento e não criar esses animais em ambiente doméstico", acrescentou a técnica.

Sintomas e transmissão da raiva

Segundo as orientações, após a infecção, o vírus da raiva pode demorar de duas semanas a um mês para manifestar os primeiros sintomas em humanos, dependendo da localização e gravidade da mordedura. A eficiência do tratamento está diretamente relacionada à rapidez com que o atendimento médico é procurado. Os primeiros sintomas, que duram de dois a dez dias, incluem mal-estar geral, febre leve, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, e irritabilidade.

Em cães e gatos, o vírus é transmitido pela saliva e pode ser passado para outros animais ou pessoas de dois a cinco dias antes dos primeiros sinais clínicos aparecerem. O animal infectado geralmente morre de cinco a sete dias após o surgimento dos sintomas. Embora o período de transmissão do vírus em animais silvestres não seja bem conhecido, é sabido que morcegos podem abrigar o vírus por longos períodos sem apresentar sintomas.

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