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Correios fecham agências no Piauí consideradas deficitárias

A empresa esclarece que desenvolveu um projeto de remodelagem de sua rede física.

Os Correios fecharam 41 agências em todo o Brasil a partir desta quinta-feira (18), sendo sete na região Nordeste. Destas, uma é a agência de Irapuã, em Floriano-PI, e outra no Parque União, em Timon, cidade que faz divisa com Teresina.

A informação foi divulgada pelo programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Segundo a reportagem veiculada, o motivo do fechamento das unidades seria a crise econômica.

Porém, uma nota repassada pelos Correios ao Viagora esclarece que a empresa desenvolveu um projeto de remodelagem de sua rede física que prevê a implantação de novos canais de atendimento, físicos e digitais, e a substituição gradativa das unidades convencionais atuais por outras, mais modernas, e direcionadas para atender às necessidades dos clientes.

A nota diz que essa primeira etapa do projeto prevê o encerramento de agências deficitárias, que ocupam imóveis alugados e estão localizadas a menos de dois quilômetros de outra unidade de atendimento.

A segunda etapa prevê a implantação de novos modelos de agências, diferenciados em relação aos atuais, como agências modulares, as chamadas store in store, que serão postos dos Correios dentro de comércios já estabelecidos, como farmácias, papelarias ou lojas de departamentos.

Confira a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento dos Correios sobre matéria do Bom Dia Brasil

A respeito da reportagem veiculada na manhã desta quinta-feira, 18, no Bom Dia Brasil, da TV Globo, os Correios comunicam que a abordagem da emissora foi equivocada. A fim de informar corretamente a sociedade, a empresa esclarece:

Os Correios desenvolveram um projeto de remodelagem de sua rede física que prevê a implantação de novos canais de atendimento, físicos e digitais, e a substituição gradativa das unidades convencionais atuais por outras, mais modernas, e direcionadas para atender às necessidades dos clientes.

A primeira etapa do projeto prevê o encerramento de agências deficitárias, que ocupam imóveis alugados e estão localizadas a menos de dois quilômetros de outra unidade de atendimento. As 41 agências citadas na reportagem se enquadram nesses critérios, sendo unidades sombreadas por outras agências próprias dos Correios, e representam apenas 0,34% do total de 12 mil pontos de atendimento existentes em todo o país.

A segunda etapa prevê a implantação de novos modelos de agências, diferenciados em relação aos atuais, como agências modulares, as chamadas store in store, que serão postos dos Correios dentro de comércios já estabelecidos, como farmácias, papelarias ou lojas de departamentos. Outro modelo que vem sendo desenvolvido é o de agências móveis, com design compacto, dentro de veículos utilitários com alta mobilidade, que prestarão serviços de mensagens e encomendas em distritos rurais próximos entre si e distantes de regiões urbanas.

Com a implantação do projeto de remodelagem da rede, o número de unidades de atendimento dos Correios deve passar dos atuais 12 mil para 15 mil pontos até 2021.

O maior equívoco verificado na reportagem da Globo está em afirmar que o fechamento das agências vai afetar o e-commerce. A entrega de mercadorias compradas pela internet é feita pelos centros de distribuição e não pelas agências. Estas não entregam os objetos, apenas recebem a postagem de cartas e encomendas, além de realizarem a venda de outros serviços. Ou seja, são dois processos completamente distintos.

Sobre a qualidade da distribuição, cabe, ainda, ressaltar que houve uma melhora significativa nos últimos meses e hoje os Correios já apresentam qualidade operacional de 98% nas entregas de encomendas, ou seja, a cada 100 objetos, 98 chegam no prazo.

No segmento de encomendas, inclusive, que é concorrencial – a empresa disputa, diariamente, a preferência dos clientes no Brasil com mais de 200 empresas de logística regionais, nacionais e multinacionais. Os Correios ocupam a primeira posição nas entregas do comércio eletrônico e destacam-se como o principal parceiro das lojas virtuais brasileiras, o que rendeu à empresa o reconhecimento da ABCOMM com o prêmio de Inovação Digital 2018 de melhor empresa de e-commerce, um dos mais importantes do e-commerce nacional.

Diante disso, merece esclarecimento também a declaração dada pelo próprio presidente da ABCOMM, ao afirmar que os Correios não devem visar ao lucro. Como empresa pública e independente de recursos da União, os Correios têm, sim, o dever de se manter sustentáveis economicamente para poder cumprir seu papel social e continuar atendendo a toda a população brasileira.

Para isso, nos últimos anos, a empresa desenvolveu um processo de restruturação que já vem dando resultados. De janeiro a agosto deste ano, a receita concorrencial, que corresponde a 55% da receita total da empresa, teve um aumento de 18,7%. Em contrapartida, houve uma queda de 17% nas despesas operacionais e redução de 4,5% nas despesas com pessoal, encargos e benefícios, em relação ao mesmo período do ano passado.

Com isso, os Correios têm recuperado sua saúde econômico-financeira e já apresentam números que mostram essa virada: de um prejuízo de 1,7 bilhão de reais registrado em 2017, a empresa passou para apenas 1 milhão de reais negativos no acumulado até agosto de 2018.

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