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IBGE aponta que 23% dos brasileiros já foram vítimas de bullying

O bullying é uma prática referente aos atos de violência, seja ela física e/ou psicológica de maneira intencional e contínua

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que cerca de 23% dos brasileiros já sofreram bullying, as agressões vindas, principalmente, de companheiros de sala de aula.

Conforme o IBGE, o bullying é uma prática referente aos atos de violência, seja ela física e/ou psicológica de maneira intencional e contínua, cometidos verbal ou fisicamente contra uma determinada vítima.

A coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Teresina, Dayane Arrais, explica que é necessário compreender o contexto da violência para que seja combatida.

A profissional ainda destacou que o bullying pode causar transtornos psicológicos como depressão, crises de ansiedade e até mesmo tentativas de suicídio.

"O bullying tornou-se um problema sério de saúde pública, com graves consequências no íntimo familiar. Logo, é imprescindível reconhecer as várias particularidades das agressões, desde o ambiente, quem participa, até o histórico dos indivíduos envolvidos. Pois, se não remediada, esses casos podem chegar a crises de ansiedade, autoestima em níveis baixos, distúrbios alimentares, de personalidade, psicológicos, depressão e, de forma mais trágica, as tentativas de suicídio”, pontua Dayane.

A psicóloga Dayane Arrais ainda pontua que este tipo de violência ocorre em diversos ambientes, como igrejas, templos religiosos, clubes, empresas ou mesmo em casa. Dayane também ressaltou a importância de entender o perfil da vítima e do agressor, este último, inclusive pode sofrer violências em seu núcleo pessoal e motivo por este fator decide dar continuidade ao ciclo de agressões.

"Os perfis dos envolvidos nesses cenários precisam ser compreendidos para, então, traçarmos estratégias de prevenção. O intimidador sente-se amparado, em grande parte dos casos, por certo tipo de contrato social dos grupos, a fim de portar-se agressivo. Em contrapartida, a vítima tem menos resguardo no que se refere ao apoio contra os ataques. E, por não conseguir reagir, acaba sendo ainda mais agredido. Para além disso, em uma visão mais ampla, é preciso ter ciência da criação desses jovens e compreender essa questão como pertinente a todos os envolvidos, sejam pais ou responsáveis, sejam diretores ou professores. Todos precisam compreender e todos precisam agir preventivamente”, finaliza Dayane Arrais.

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