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Perícia revela que bala que matou criança em Altos partiu da arma de cabo da Polícia Militar

O advogado de defesa dos policiais pretende pedir na justiça a transferência de culpa pela morte do menino, dos PM´s para o estado

Saiu nesta última quarta-feira (05) o laudo pericial das armas dos três policiais militares suspeitos de terem matado acidentalmente o menino Gustavo Oliveira, de seis anos, em novembro do ano passado durante troca tiros com dois homens suspeitos de tráfico na cidade de Altos, a 37 km de Teresina.

Imagem: ReproduçãoGustavo morreu na noite do dia 15 de novembro enquanto brincava na calçada, comemorando o aniversário de outra criança.(Imagem:Reprodução)Gustavo morreu na noite do dia 15 de novembro enquanto brincava na calçada, comemorando o aniversário de outra criança.

No resultado do laudo técnico, a perícia concluiu que o tiro saiu da pistola usada pelo cabo Carlos Alberto Alves. A informação surpreendeu, porque em depoimento, o soldado Jarbas Pires disse achar que a bala que atingiu a criança teria saído da arma usada por ele. Já o cabo Carlos Alberto afirmou também em depoimento que não sabia quem havia disparado.

“A conclusão foi por homicídio culposo, sem intenção de matar, com autoria desconhecida. Como se trata de crime militar, o inquérito encontra-se com a auditoria da PM, que deve dar continuidade às investigações”, disse o delegado Alfredo Cadena.

O advogado de defesa dos policiais pretende pedir na justiça a transferência de culpa pela morte do menino, dos PM´s para o estado, segundo ele, por ter colocado nas mãos dos policiais armas supostamente sucateadas doadas pela polícia de São Paulo e que estaria sujeitas a disparos acidentais.

“São armas que a polícia de São Paulo doou e que disparam a qualquer momento. Esses armamentos não tem trava adequada e instruímos a todos os policiais que tomem cuidado, chegando ao ponto de nem portar na cintura, porque ela pode disparar”, explicou Marcos Vinicius, advogado.

A assessoria de comunicação da Polícia Militar do Piauí informou que nenhuma das duas mil armas doadas ao Piauí pela PM de São Paulo,  apresentou problemas até hoje e que, caso seja necessário, podem ser realizadas outras perícias.
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Willame Moraes

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